Sakamoto: Voto útil está no jogo democrático; atacar a estratégia, também
Em participação no UOL News na noite de hoje (21), o colunista Leonardo Sakamoto falou sobre a defesa do voto útil na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) têm feito duras críticas sobre a estratégia da campanha petista.
Na avaliação do jornalista, porém, tanto o voto útil quanto atacar a defesa do voto útil fazem parte do jogo democrático e político.
Sakamoto também destacou a adesão de pessoas que eram críticas ao PT (Partido dos Trabalhadores) ao voto útil em Lula para evitar um eventual segundo turno com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.
Os cantores Tico Santa Cruz e Caetano Veloso apoiavam a chapa de Ciro Gomes, mas anunciaram que vão votar no petista já no primeiro turno.
Hoje, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, também afirmou que vai apoiar Lula em 2 de outubro.
Na início da semana, em entrevista ao UOL News, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) defendeu o voto útil no ex-presidente, e afirmou que isso não significa um "apoio irrestrito" à sua política e às suas pautas.
Sakamoto: Ciro critica voto útil, mas se beneficiou da estratégia em 2018
O colunista do UOL também lembrou que Ciro Gomes aproveitou a estratégia do voto útil na última eleição, em 2018. Além disso, disse acreditar que vai ocorrer uma "desidratação" das candidaturas, e isso não depende tanto dos presidenciáveis.
"Se olharmos as eleições de 2018, Geraldo Alckmin, Marina Silva e Guilherme Boulos desidrataram em nome de outro candidatos, inclusive em benefício de Ciro Gomes, que se vendeu como um candidato possível de derrotar Bolsonaro no segundo turno", disse.
Meirelles fala de apoio a Lula: 'Fatos falam por si; ele mostrou bons resultados em outros mandatos'
O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, falou, em entrevista ao UOL News, o que o motivou a declarar apoio a Lula já no primeiro turno da eleição. No Twitter, ele já havia dito que "acredita em fatos".
"Os fatos são que no governo do ex-presidente Lula o Brasil cresceu, em média, 4% ao ano, e nos últimos três anos o país cresceu 1,5%. Mesmo em 2022, considerado um bom ano, devemos crescer um pouco mais de 2%", justificou.
"O crescimento médio de 4%, como houve naquela época, era muito forte. Durante oito anos [do governo Lula], o país saiu muito mais forte, criou empregos e renda. Além disso, durante a crise de 2008, que atingiu o mundo inteiro, o Brasil foi reconhecido por ser o país que mais rápido saiu da crise. Portanto, foi um governo bem-sucedido", seguiu.
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