Subida de Marçal põe Tarcísio na rua por Nunes. Bolsonaro entra em cena?
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A corrida eleitoral em São Paulo segue bem aquecida, como mostraram as pesquisas Datafolha, Atlas e Paraná Pesquisas da última semana e Quaest, divulgada hoje. A subida de Pablo Marçal (PRTB) mantém os candidatos sob a pressão de rever suas estratégias para chegar aos eleitores.
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB), por exemplo, que perdeu votos para Marçal entre bolsonaristas, contou com o apoio de um cabo eleitoral de peso. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanhou Nunes numa visita ao Mercado Municipal, onde comeu o tradicional pão com mortadela e foi cercado pelo público. Quem viu a cena jura que Tarcísio fez mais sucesso que o prefeito.
Mas Nunes está no páreo e com vantagem. Como 'vidraça' desta campanha, é o mais atacado por todos os candidatos e, mesmo assim, segue na liderança na pesquisa Datafolha, com potencial de vitória sobre Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno. Dentro do comitê de campanha do prefeito, a ordem é manter a serenidade pois ainda é muito cedo para pensar em mudar a estratégia. Qualquer passo em falso pode colocar em risco a dianteira nas pesquisas. A aposta agora é no tempo de TV a partir desta sexta, quando começa a campanha eleitoral gratuita na TV. É lá na telinha que o prefeito vai reinar com 6 minutos e 30 segundos de propaganda, graças à coligação que reúne 12 partidos - incluindo o Republicanos de Tarcísio. Há grande expectativa sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas inserções de TV, como anunciado pelo próprio Nunes.
O que se sabe até agora é que o ex-presidente não tem pressa em se expor ao lado de Nunes, como apurou a colunista Carla Araújo. Seu apoio teria sido escondido por Nunes no início da campanha mas o efeito Marçal mudou o jogo. Mudou, inclusive, a posição do governador Tarcísio Freitas que em entrevista à Jovem Pan havia apontado o voto nulo como um bom caminho, caso Marçal fosse ao segundo turno com Boulos. No dia seguinte admitiu que nesse contexto não deixaria de votar... em Marçal.
No campo das reações a Marçal, a mudança mais visível foi a da candidata do PSB, Tabata Amaral, que investiu em vídeos mais incisivos para apontar as ligações suspeitas do candidato do PRTB com dirigentes do partido acusados de ligação com o crime organizado.
Depois do impacto dos vídeos de Tabata, foi a vez de Guilherme Boulos apostar em um vídeo com estética mais antenada com as redes sociais - em especial o Instagram e TikTok — e uma mensagem mais incisiva contra seus principais adversários — Nunes e Marçal. A mudança reflete a cobrança da militância do psolista, que espera ver respostas mais enérgicas do candidato diante dos embates com seus adversários.