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Tabata diz que enfrenta 'criminosos' e que se nega a conversar com PRTB

Tabata Amaral (PSB) durante sabatina da GloboNews Imagem: Reprodução/GloboNews

Do UOL, em São Paulo

31/08/2024 01h03

Candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) voltou a falar sobre a ligação de Pablo Marçal com o PCC e sobre a dificuldade de crescimento nas pesquisas de intenção de voto em sabatina da GloboNews.

O que aconteceu

"Estou enfrentando criminosos", disse a candidata sobre o PCC e adversários. "O que eu estou vivendo agora não é muito diferente do que espero como prefeita. O que está na mesa não é a minha segurança, é a das pessoas, a cidade está ficando mais insegura", disse. Sobre Marçal, a candidata disse que é "estranho que eu tenha coragem de me posicionar, e que o Boulos e o Nunes não tenham".

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Tabata usou um caso de roubo na família para falar dos desafios de enfrentar o crime. Ela contou que recentemente o padrasto teve o carro roubado, a mãe o Bilhete Único, e ela teve o vidro do carro estourado na Bela Vista, zona central da cidade.

Segurança pública

O roubo de celulares é um problema que Tabata promete enfrentar na capital paulista, com a ajuda das operadoras. "De cada três pessoas em São Paulo, uma teve celular roubado", diz ela. Para resolver o problema, ela pretende rastrear esses aparelhos, notificar quem compra para que devolva na delegacia mais próxima e, em seguida, fechar estabelecimentos responsáveis pela venda. "É um investimento de um milhão de reais por subprefeitura."

Alvará de hotéis que funcionam para o PCC também serão suspensos. Tabata mais uma vez acusou Ricardo Nunes de saber quem são os responsáveis pelos hotéis que atuam em prol da manutenção da cracolândia e disse que investigadores desistiram da prefeitura. "Tem agente público envolvido na prefeitura", falou ela, que relembrou o envolvimento do PCC com as empresas que possuem licitações de ônibus.

Ela promete encerrar qualquer contrato, se for comprovado envolvimento com o crime organizado ou corrupção. "Não é a prefeitura que investiga, mas é a prefeitura que caça o alvará do hotel. Minha postura é encerrar o contrato, não elogiar, como o atual prefeito fez com as concessionárias de ônibus."

Apoio de partidos

Tabata afirma que a mesma postura deve ser assumida com o apoio de outros partidos. A parlamentar quer apoio de outras siglas e pretende dialogar, mas diz que a sua postura repele candidatos corruptos e continuará tendo pulso firme, se eleita.

"Não tem espaço pro PRTB, mas o MDB tem história". A parlamentar afirmou que se nega a conversar com o partido de Marçal, mas está aberta para o do atual prefeito, Ricardo Nunes, contanto que aceitem as suas condições. "Foi tão ruim esses últimos anos no Brasil que parece que quando a gente senta com alguém que pensa diferente da gente é na base da corrupção", disse Tabata, que aproveitou a deixa para elogiar ex-prefeitos de São Paulo que a inspiram, como Erundina (PSOL), Serra (PSDB) e Marta (PT). "Entregaram muito para a população, sem corrupção."

Questionada se seria vice de Guilherme Boulos (PSOL), ela respondeu que proposta nunca chegou até ela, porque sabiam que não aceitaria. "Todo mundo falava 'não', 'o PT não vai deixar', 'o PSB não vai deixar'. 'A Tabata vai ser vice'. E eu falava: tenham calma. Fato é que eu tinha convicção do projeto e do partido. Todos entendiam a importância do PSB em São Paulo. É um partido independente, que tem sua história."

Questionada sobre o diálogo com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), Tabata desviou do assunto. "Quem escolhe o meu interlocutor é o povo", disse Tabata. "Isso eu vou responder quando o povo me disser quem são os vereadores de São Paulo."

Confiante no segundo turno

Tabata se vê no segundo turno e diz que só ela e Marçal cresceram nas últimas pesquisas. Mesmo com crescimento dentro da margem de erro, a deputada comemorou o resultado durante a sabatina. Ela acredita que está derrotando o fantasma do desconhecimento. "Foram duas semanas muito duras para os meus adversários", afirmou. "Saio de um patamar de desconhecimento muito grande, estamos otimistas."

Ela chamou os adversários de covardes na disputa contra Marçal. "Eu tenho clareza que o Boulos (PSOL) não fala [do envolvimento de Marçal com o PCC] porque ele só tem chance de ganhar o segundo turno contra ele", afirma Tabata contra o candidato do PSOL. "Contra mim e contra o Nunes ele não tem chance. Eu não disputo voto com o Pablo, se ele cai na pesquisa deve ir para outros [essas intenções de voto]. O silêncio deles dois coloca São Paulo em risco. Estão fazendo aposta com São Paulo"

"Quero falar das ruas, depois falar dos números", disse ela, que se apoia nas redes sociais e nas visitas às periferias para disputar a prefeitura. "A identificação que as pessoas tem comigo não é com Harvard, é com a minha história, é porque eu voltei."

Tabata ainda disse que não tem apoio dos mais ricos. "Primeiro, porque eu sou de esquerda. Segundo, porque eu não sou de esquerda suficiente", riu Tabata, que avalia a classe A como muito polarizada. "Me cobrem por cada posição, sou uma defensora convicta da educação."

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