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Experimente as mineiridades

Memorial Minas Gerais Vale exalta identidades mineiras mantendo laços com expressões culturais contemporâneas

oferecido por Selo Publieditorial Guto Muniz/ Vale

Estamos em 2017. O MC Sam Pedra sobe ao palco do Memorial Minas Gerais Vale para o seu show de rap e récita de poemas. Além dele, o grupo teatral Morro em Cena, as Manas do Serrão, as cantoras Teffy Angel e Dóris Santos e o rapper ViniJoe, todos artistas criados no Aglomerado da Serra, maior comunidade da zona sul de Belo Horizonte, dão voz às expressões da periferia neste espaço simbólico, instalado em uma edificação centenária ao redor da Praça da Liberdade, no coração da capital mineira, e local de lançamento da pedra fundamental da cidade, no fim do século 19.

Guto Muniz/ Vale
Guto Muniz/ vale

Museu de Experiência

O projeto Diversidade Periférica, que deu palco a essas performances, sintetiza a própria razão de ser do Memorial, gerido pelo Instituto Cultural Vale, que é abordar a história, a cultura e as tradições mineiras por meio de experiências e interações, em um diálogo entre o passado e o contemporâneo. "É importante ocuparmos esses espaços, com a diversidade de artistas da nossa quebrada", diz MC Sam Pedra. "Aqui é um lugar de memória que se mantém vivo, dinâmico e atual, aberto a todos os públicos, à diversidade e à experiência mútua", destaca Wagner Tameirão, gestor do Memorial Minas Gerais Vale. Entre 2017 e 2019, foram realizadas 27 edições do Diversidade Periférica, com artistas de outras comunidades da capital e até de outros estados.

O Memorial Minas Gerais Vale, inaugurado em 2010, é um "museu de experiência". Conta histórias e tradições mineiras unindo arte e tecnologia para estimular a interatividade. Um exemplo disso é o Kit da Trilha da Infância. As crianças exploram os ambientes do Museu utilizando um kit com mapa, lupa, espelho, lanterna e binóculo, num jogo lúdico que atiça a curiosidade e o interesse.

Por causa da pandemia, o museu está temporariamente fechado. Sua programação, inteiramente online, já ofereceu quase 200 atividades virtuais entre março e setembro deste ano, como ações para bebês e crianças, bate-papos, palestras, oficinas, performances e outras.

O Memorial possui 31 salas distribuídas em três pavimentos. O primeiro andar se dedica à vida e obra de ícones da arte e da cultura do estado como Guimarães Rosa, Lygia Clark, Sebastião Salgado e Carlos Drummond de Andrade - a sala do escritor traz manequins do estilista mineiro Ronaldo Fraga ao lado de poemas e instalações. O segundo piso é um passeio por cenários e aspectos das mineiridades, como o barroco, as cavernas, a arte rupestre, as vilas do século 18, a política e a fazenda mineira. No terceiro pavimento está o auditório, um espaço para eventos culturais e educacionais, com a apresentação de rappers, cantores, grupos teatrais e musicais e palestrantes. Outras duas salas recebem exposições de arte contemporânea, com obras de novos artistas.

O Memorial Minas Gerais Vale é um museu "vivo", com espaços de convivência e aprendizagem, com ampla programação gratuita, pensada para dentro e para fora do museu, alcançando a Praça da Liberdade e escolas da região. Durante a pandemia, a programação foi toda adaptada para o formato online, e mantida a diversidade e acessibilidade que são princípios do museu e do Instituto Cultural Vale.

Hugo Barreto, Diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Sustentabilidade e Investimento Social da Vale.

Programa educativo

Uma equipe multidisciplinar de 14 educadores atua no Programa Educativo do Memorial, que planeja e executa as estratégias de visitação do espaço. O museu estimula um percurso livre pelas salas, sem roteiro. Outra possibilidade de fruição são os eixos temáticos elaborados pelo Educativo, por meio dos quais o visitante estabelece uma imersão no espaço e explora assuntos como africanidades, república, artes visuais, literatura, cartografia e outros. Os educadores intervêm pontualmente, sob um modelo de "visita mediada" em vez de "guiada". A ideia é alimentar a conexão das pessoas com os cenários, vídeos, sons, obras e objetos expostos, despertando sensações. "O educador se vale de diferentes estratégias de mediação, de acordo com as especificidades de cada grupo ou pessoa, buscando promover diálogos e experiências", explica Charles Junio Souza, coordenador do programa Educativo.

Uma atenção especial é dada à primeira infância, dentro da iniciativa Museu, Lugar de Criança. Nela, crianças de várias faixas etárias, em visitas escolares, participam de ações lúdicas e sensoriais que estimulam a aprendizagem - como descobrir artes rupestres com uma lanterna, bisbilhotar as casas das vilas mineiras usando uma lupa, e assim por diante.

O museu também abre espaço para o mundo acadêmico, com duas convocatórias públicas anuais. O projeto Novos Pesquisadores seleciona teses e dissertações defendidas nos últimos cinco anos e que se relacionam com os temas do Memorial, transformando-as em exposições, com o apoio dos próprios autores. "Muitas pesquisas se restringem às bancas de defesa e o museu pode ser o espaço para conectar esses conhecimentos com a sociedade", acrescenta Wagner. Outra iniciativa, o Educativo Aberto, se destina a estudantes da graduação. O foco é a criação de projetos a serem desenvolvidos dentro do museu, para aplicação na comunidade escolar e também em instituições de caráter social como ONGs, creches, APAEs e outras.

Museu, lugar de criança

Guto Muniz/ Vale

Atuação diversificada

Neste ano marcado pela pandemia, o Memorial lançou uma convocatória para artistas de todas as linguagens, buscando diversificar a sua programação virtual. Entre julho e agosto, recebeu 300 propostas de atividades culturais, das quais 105 foram selecionadas. Essas atrações já integram a programação online do museu desde outubro.

Em seus dez anos de existência, o Memorial foram mais de 1,1 milhão de visitantes e realizou mais de 1.600 eventos como sessões de cinema, espetáculos infantis, oficinas, palestras, shows, exposições e saraus. Um dos pontos altos de sua programação é o Boa Noite Memorial, inspirado no Nuit Blanche (Noite Branca), de Paris, quando os museus da capital francesa ficam abertos durante a noite, com atrações especiais. A celebração é eclética. Shows, leituras, intervenções artísticas, projeções e DJs ocupam o entorno e interior do museu noite adentro.

A atuação do museu não se limita ao espaço de prédio centenário. Duas mostras itinerantes - Africanidades e Mineiridades - levam, desde 2016, parte do acervo ao interior de Minas Gerais para discutir questões étnico-raciais, no primeiro caso, e abordar aspectos culturais das mineiridades no segundo. As mostras já percorreram 9 e 12 cidades do estado, respectivamente.

Africanidades

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