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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Instituto Cultural Vale e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em novembro de 2021

Memórias de fé e arte

Vale completa 18 anos ao lado do Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações culturais do mundo

oferecido por Selo Publieditorial

Uma manifestação que é Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial e Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Uma das maiores manifestações culturais do mundo, que une tradição, fé, arte e cultura. Assim é o Círio de Nazaré, celebração que começou em 1793 e, todos os anos, no segundo domingo de outubro, reúne 2 milhões de peregrinos nas ruas de Belém (PA).

Desde 2004, o Círio conta com patrocínio da Vale, que ajuda a manter vivas histórias que atravessam gerações, movimentam famílias e enchem as ruas da capital paraense de cores, cheiros e sons já característicos.

"Temos enorme orgulho de patrocinar o Círio de Nazaré, especialmente por tudo o que representa para o estado, para a cultura do nosso país e do mundo. Não há nada mais paraense do que o Círio. Não por acaso ele foi reconhecido mundialmente como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2013, e Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial pelo Iphan, em 2004. As manifestações culturais regionais fazem de nós e representam quem somos, por isso, devem ser cuidadas e celebradas", diz Christiana Saldanha, gerente do Instituto Cultural Vale, que foi criado em 2020 e este ano assumiu o papel de patrocinador oficial do Círio.

Devido à pandemia, assim como no ano passado, as comemorações virtuais foram priorizadas. Dessa maneira, o Instituto criou uma página especial sobre o Círio. Além disso, a instituição produziu o filme "A Nossa Esperança", uma homenagem à relação do povo do Pará com o Círio de Nazaré e um instrumento para - como o próprio nome já diz - alimentar a esperança em dias melhores.

Círio de Nazaré 2021

Para representar com fidelidade os cenários, a produção audiovisual contou com um time de profissionais locais que contribuíram com suas memórias e referências artísticas, além de trazerem um olhar de proximidade, como o da artista visual Patrícia Gondim. Ela nasceu em Belém e assina a direção de arte.

"Na hora que sentei para produzir, criar, desenvolver, todos os elementos do Círio estavam lá na minha memória, é só acessar. Em diálogo com os diretores e produtores do filme, pude retratar a construção do ateliê da artesã, ambientando com as varas de miriti, os objetos à espera de serem pintados e outros já finalizados, a paleta de cores, com as coisas cruas e outras prontas. É fácil vir essa representação porque eu faço parte disso, moro em Belém, estamos perto dessa zona rural e ribeirinha, eles nos afetam e nós os afetamos", diz Gondim, que traz na bagagem trabalhos com cenários, iluminação e design para o teatro e filmes publicitários.

Em "A Nossa Esperança", a artesã a que Patrícia se refere produz artigos de miriti, uma palmeira típica das regiões de várzea do Pará. Esse tipo de artesanato é muito vendido na época do Círio, colorindo a paisagem urbana de Belém e permeando a memória de quem cria.

"A gente é assim, é bem próspero no aspecto cultural. Temos uma multiplicidade de referências e as minhas vão nessa destreza da artesania, que é rica. Temos as comunidades de Abaeté que fazem brinquedos de miriti, as oficinas de madeira que fazem os barcos e móveis pequenos, por exemplo", diz ela. "Faço tudo isso ficar harmônico, mas ao mesmo tempo respeitando a identidade dos artesãos", pontua.

Fico feliz em ver que empresas e agências estão conseguindo trazer essa artesania, do talhar e pintar da madeira, para suas produções. É um processo antigo, mas valiosíssimo, que acabamos perdendo um pouco na sociedade contemporânea, e essa perda vai tirando o valor desses artesãos. Então,quando se traz esse conceito como tema de um filme publicitário, com a presença de artesãos reais, essa riqueza cultural está relacionada também com sustentabilidade e responsabilidade ambiental das empresas que decidem trazer o tema de fato e não ficar só no texto

Patrícia Gondim, Artista visual

Afeto

Como paraense, a artista carrega o Círio de Nazaré na memória e na alma, criando uma relação afetiva com tudo que envolve a manifestação.

Observar as cenas que se desenrolam nessa época do ano é uma inspiração para sua própria obra. Num dos trabalhos anteriores inspirados no universo do Círio, que ela chamou de objetos luminosos, Patrícia criou artigos de miriti e madeira para cenas de teatro.

"Há um encontro da religiosidade com a cultura popular que me dá muito campo para criação. Temos ao mesmo tempo as festas religiosas e as aparelhagens luminosas, com neon, que de certa forma agridem, mas também acolhem. Para quem observa e gosta de produzir a partir disso, somos muito abundantes".

Patrícia conta que, com a pandemia, sente falta do contato presencial que o Círio de Nazaré proporciona. Nas edições de 2020 e 2021, a celebração teve que se adaptar às restrições impostas pelo coronavírus, o que não permitiu a famosa aglomeração nas ruas de Belém.

A saída para continuar se inspirando e produzindo a partir de festa é, mais uma vez, recorrer à memória, o que também alimenta a esperança de que, no futuro, as procissões seguindo a Imagem Peregrina retornem com a mesma força.

"É o olhar para o outro, o cheiro, a textura, o diálogo, as ações em contexto que acontecem que me alimentam como artista. Nesses dois anos de pandemia, meu olhar está indo para fotografias, trabalhos publicitários, coisas que façam a gente buscar a memória. Além disso, há artesãos que ainda estão próximos, com todos os cuidados. É dessa forma que esse movimento, mesmo reduzido, vai alimentando a gente e dando algumas medidas de criação".

Instituto Cultural Vale

Vale

A Vale investe há quase duas décadas na valorização e fomento de múltiplas manifestações culturais brasileiras.

O Instituto Cultural Vale, criado em 2020, nasceu com o propósito de potencializar a atuação da companhia na cultura, valorizar patrimônios, democratizar o acesso e fomentar expressões artísticas, além de valorizar a diversidade cultural brasileira e promover a salvaguarda de nossos bens culturais. Por isso, a partir deste ano, o instituto se tornou o patrocinador oficial do Círio de Nazaré.

Sua atuação é sustentada pela visão de que a cultura é instrumento de transformação social, capaz de gerar impacto positivo na vida das pessoas e construir um legado para futuras gerações.

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