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Morre aos 82 anos o rei Fahd, da Arábia Saudita; petróleo sobe

Da Redação<br>Com agências internacionais

01/08/2005 08h35

O palácio real da Arábia Saudita confirmou nesta segunda-feira (1º) a morte do rei Fahd, de 82 anos, um dos líderes históricos do Oriente Médio.

No mesmo comunicado, indica que o príncipe herdeiro do país, Abdala bin Abdelaziz, foi nomeado novo monarca do reino, de acordo com o artigo cinco da lei nacional.

O atual ministro saudita de Defesa, Sultão Abdelaziz, foi proclamado novo príncipe herdeiro.

O funeral pelo rei, que estava doente desde 1995, acontecerá amanhã em Riad.

Imediatamente após a confirmação da morte, as quatro redes de televisão sauditas, além dos canais árabes internacionais por satélite, interromperam suas programações e começaram a transmitir a recitação do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, em sinal de luto.

O rei Fahd, afastado do poder desde 1995, quando sofreu um derrame cerebral, foi internado em 28 de maio no hospital que leva seu nome em Riad para se submeter a diversos exames médicos.

Segundo fontes não oficiais, o monarca sofria de problemas respiratórios, tinha os pulmões cheios, e precisava ser operado para
fazer uma traqueostomia.

O rei Fahd chegou ao poder em 1982, e durante os anos de seu longo e próspero reinado construiu uma fama de homem de paz, ao apoiar várias propostas para encontrar uma solução final ao conflito entre árabes e israelenses.

Além disso auspiciou os acordos que puseram fim, em 1990, à guerra civil libanesa.

Petróleo reage

Os preços internacionais do petróleo operavam em alta nesta segunda-feira, após a morte do rei da Arábia Saudita, maior exportador do mundo da commodity.

Em Londres, os contratos futuros do Brent avançavam US$ 0,70, para US$ 60,07 o barril.

Em Nova York, os preços subiam US$ 0,63, para US$ 61,20 o barril.

"Estou certo de que nada mudará em relação à política petrolífera da Arábia Saudita", disse uma fonte à agência de notícias Reuters.