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Família espera que major desaparecido no Haiti seja resgatado com vida

Da Agência Brasil<br>Em Brasília

14/01/2010 16h01

Familiares e amigos do major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho, de 41 anos, acreditam no resgate com vida do militar, desaparecido após o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, na noite da última terça-feira. Ele é um dos quatro desaparecidos anunciados na nota oficial divulgada pelo Exército.

Militares brasileiros mortos no Haiti

FunçãoNome
CoronelEmilio Carlos Torres dos Santos
1º TenenteBruno Ribeiro Mário
SubtenenteRaniel Batista de Camargos
2º Sargento Davi Ramos de Lima
2º Sargento Leonardo de Castro Carvalho
3º SargentoRodrigo de Souza Lima
CaboDouglas Pedrotti Neckel
CaboWashington Luis de Souza Seraphin
CaboAri Dirceu Fernandes Junior
SoldadoTiago Anaya Detimermani
SoldadoAntônio José Anacleto
SoldadoFelipe Gonçalves Julio
Soldado Rodrigo Augusto da Silva
SoldadoKleber da Silva Santos
O major foi para o Haiti há quatro meses, e a previsão é de que fique por um ano. Ele passou as festas de fim de ano no Brasil, com a família em Brasília, e retornou ao Haiti no último domingo. Em rápida entrevista à Agência Brasil, a esposa Emília afirmou acreditar que o major usará de toda sua experiência em missões oficiais para aguardar serenamente por socorro. "Não é para as pessoas perderem as esperanças, porque tem muita vida ali embaixo [dos escombros]".

Segundo ela, foi o próprio major quem a ensinou a ter perseverança e não sofrer por antecipação. "Ele me dizia que a gente não pode sofrer pelo que ainda não aconteceu. Então, enquanto não tivermos uma notícia ruim, ficamos com as notícias boas. É um sinal de que ele está vivo."

A esposa do major afirmou ainda que conversou com ele na tarde de terça-feira pela internet. À noite, concluiu que o prédio em que ele trabalhava também havia sido atingido, após sucessivas tentativas de contato por telefone. "Eu sabia desde o início que eles estavam no prédio, só não sabia que tinha caído."

Natural de Belo Horizonte (MG), Martins dedicou a vida à carreira militar. De acordo com a amiga da família, Márcia Vaz, desde cedo ele estudou em colégios militares, tendo saído de casa aos 16 anos para estudar no Rio de Janeiro. Há três anos, o major atua na área diplomática do Exército, tendo sido escolhido pelo próprio general brasileiro da missão de paz no Haiti, Floriano Peixoto, para atuar como seu secretário direto.