Vulcão chileno em atividade obriga retirada de moradores e provoca cancelamento de voos
O vulcão Puyehue entrou em erupção neste final de semana e emitiu uma densa fumaça de cinzas que se estendeu por quilômetros na região sul do Chile e da Argentina. Em consequência das erupções, as autoridades chilenas ordenaram a retirada de aproximadamente 3.500 pessoas que moravam na área do vulcão, Bariloche ficou embaixo de cinzas e pelo menos duas companhias aéreas anunciaram cancelamentos de voos.
Nesta segunda-feira (6), a companhia aérea chilena LAN informou que os voos com origem ou destino em Bariloche, Neuquén e Rio Gallegos foram suspensos "até que as condições estejam favoráveis e com total segurança". Todos os demais destinos continuam operantes, inclusive Santiago do Chile.
A companhia oferece aos passageiros afetados a opção de trocar a data do voo, trocar a rota, com pagamento da diferença, ou devolução da passagem. Em nenhum dos casos será cobrada multa.
A Aerolíneas Argentina e suas subsidiárias também informa que até quinta-feira (9) estão suspensos os voos ligando Buenos Aires às cidades de Trelew, Neuquém, Viedma, Río Gallegos, El Calafate, Usguaia, Río Grande, Comodoro Rivadavia, Bahía Blanca, Santa Rosa e San Rafael. Também até quinta-feira estão canceladas as operações noturnas para Santiago do Chile ou Mendoza.
Além disso, a Aerolíneas Argentina suspendeu até domingo (12) os voos entre Buenos Aires e as cidades de Bariloche, Chapelco e Esquel. A companhia argentina informa que os passageiros afetados poderão remarcar as viagens.
Vizinhos afetados
Desde sábado, os moradores vizinhos do vulcão Puyehue estão sendo orientados a abandonar a região e encaminhados para abrigos temporários.
"Não sabemos quando voltaremos", disse à AFP Ana Márquez, que foi levada sábado a um abrigo instalado na biblioteca municipal na pequena cidade de Entre Lagos, às margens do lago Puyehue.
Ana vive em Ticahue, ao norte de Entre Lagos, e recorda o momento em que o vulcão entrou em erupção: "Vi como explodia e tudo ficava preto e vermelho. Fiquei muito nervosa", conta.
À noite, um espetáculo de relâmpagos emanados da imensa nuvem de cinzas iluminava de forma intermitente a escuridão do sul chileno.
Bariloche sob cinzas
Do lago argentino, a cidade turística de Bariloche e outras áreas no sul do país anunciaram estado de alerta ou emergência diante da chegada das cinzas do vulcão Puyehue.
Uma mudança dos ventos começou a levar nesta segunda-feira as nuvens de cinzas em direção ao noroeste de Bariloche, onde se encontram várias vilas turísticas e a cidade de San Martín dos Andes.
O prefeito de Bariloche, Marcelo Cascón, confirmou a suspensão das aulas nos colégios e outras atividades, enquanto a baixa visibilidade obrigou a manter a restrição ao trânsito pela estrada que liga San Martín dos Andes.
O "comitê de emergência" mantém a recomendação para que as pessoas permaneça em suas casas e economizem água potável, apesar das cinzas não terem poluído os aquíferos, indicou o prefeito às rádios de Buenos Aires.
O vulcão Puyehue, de 2.240 metros de altitude, sobre os Andes, voltou a emitir cinzas no sábado. Sua última grande erupção foi em 1960, depois de um terremoto de 9,5 graus Richter, o mais forte registrado até agora no mundo todo.
*Com informações da AFP e da EFE
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