Após desfecho de atentado, Sarkozy faz alerta contra a estigmatização de muçulmanos
Em pronunciamento oficial na televisão francesa após a operação que acabou com a morte do terrorista Mohammad Merah, 23, o presidente francês Nicolas Sarkozy agradeceu os esforços dos policiais e se dedicou a prevenir qualquer tipo de revanchismo contra a população muçulmana.
Sarkozy disse que o país deve priorizar a unidade nacional, evitar estigmatizações e não alimentar o ódio: “Nós devemos permanecer unidos para evitar que o terrorismo frature nossa comunidade nacional. Nós devemos isso às vítimas covardemente assassinadas e ao nosso país”, afirmou.
O informe em rede nacional de rádio e televisão foi nesta quinta-feira (22) às 13h do horário francês, logo após a operação militar que acabou na morte de Mohammad Merah, 23, francês de origem argelina que é o suposto atirador do massacre de Toulouse. Ele é acusado de matar um adulto e três crianças em um ataque a uma escola judaica em Toulouse na última segunda (19), e também seria responsável pela morte de três militares, em outro atentado.
Ataques gravados
Sarkozy também defendeu a ação dos policiais e disse que foi feito de tudo para preservar a vida de Merah e levá-lo à Justiça. Ele ainda afirmou que as investigações continuam e prometeu divulgar tudo a respeito do caso.
Pouco depois, o procurador francês François Molins, encarregado de investigar o massacre em Toulouse, divulgou que Merah gravou os três ataques em que matou sete pessoas no sudeste da França.
Crime de "apologia ao terrorismo"
O presidente francês também anunciou que a "apologia ao terrorismo" ou o "apelo ao ódio e à violência" serão punidos criminalmente: nova legislação punirá pessoas que visitam sites de apologia ao terrorismo e à violência e os indivíduos que viajam para outros países com o objetivo de se doutrinar em ideologias violentas. "Vamos reprimir a propagação de ideologias extremistas com crime previsto no Código Penal", declarou Sarkozy.
(Com EFE)
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