Para especialista, voz na ligação para o 911 não é de vigia que atirou em jovem negro na Flórida
O assassinato do jovem Trayvon Martin, 17, morto por um vigia na Flória, nos Estados Unidos, em 26 de fevereiro ganha novos contornos. Após ouvirem a gravação da ligação feita ao 911, especialistas passaram a duvidar da versão do vigia George Zimmerman, que alega ter atirado no garoto em legítima defesa.
Em seu depoimento, Zimmerman disse à polícia que ele ligou para o 911. No entanto, especialistas contactados pela polícia para ouvir a gravação duvidam da versão. Para eles, a voz na ligação é de Martin.
Usando um identificador de voz, o consultor forense Tom Owen disse que houve 48% de identificação entre a gravação e a voz de Zimmerman. Para ele, dada a clareza da gravação, a identificação deveria atingir 90%.
"Com isso, posso garantir cientificamente que essa não é a voz de Zimmerman", disse Owen.
Esse é mais um detalhe que contradiz a versão contada pelo vigia. Na semana passada, a divulgação de um vídeo mostrou o vigia ileso em uma delegacia policial na noite da morte de Martin, sendo que Zimmerman alegou ter sido ferido pelo garoto, justificando o tiro.
Na gravação, obtida originalmente pela "ABC News", o rosto de Zimmerman não parece ter sofrido nenhum golpe sério, nem são vistos rastros de sangue ou cortes.
Vídeo policial em caso Trayvon Martin mostra vigia ileso
Além disso, o jovem de 28 anos parece andar sem dores aparentes e com normalidade, embora o vídeo não ofereça imagens de primeiro plano.
Zimmerman disse à polícia na noite do crime que estava retornando a seu veículo quando Martin se aproximou dele por trás e depois de trocarem algumas palavras, o adolescente o agrediu no nariz. Após cair no chão, teria sido atacado pelo jovem com violência, uma versão que é contestada pela acusação.
As informações são do jornal "The Guardian".
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