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Divergências com a Venezuela não serão entrave para volta do Paraguai ao Mercosul, diz embaixador

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

10/09/2012 13h33

O fim da suspensão imposta pelo Mercosul ao Paraguai deve ocorrer depois de abril de 2013, período em que a presidência do órgão estará sob comando da Venezuela. As autoridades venezuelanas negam, entretanto, que antigas divergências entre os dois países interfiram no restabelecimento do Paraguai ao bloco. O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz, disse nesta segunda-feira (10) que essa discussão não está em curso.

Sánchez Arveláiz acrescentou também que não haverá um debate sobre o ingresso da Venezuela no bloco, mesmo que os paraguaios não tenham chancelado a entrada dos venezuelanos no grupo. “O fim da suspensão do Paraguai não está condicionada nem depende de uma reconsideração sobre [o ingresso da] Venezuela no Mercosul”, disse.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul em junho deste ano após a destituição de Fernando Lugo do poder, por intermédio de um processo de impeachment que durou menos de 24 horas. Para os líderes políticos da região, não houve tempo hábil para Lugo se defender. Um mês depois, a Venezuela foi formalizada como nova integrante do Mercosul.

Os paraguaios criticaram o ingresso da Venezuela, pois a cerimônia de adesão ocorreu no período em que o Paraguai estava suspenso do Mercosul. No entanto, para o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, vale a decisão dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai).

“A presença da Venezuela no Mercosul não depende do que ocorrerá no Paraguai nos próximos meses”, disse o embaixador venezuelano referindo-se ao processo de eleições presidenciais no Paraguai, marcado para 21 de abril de 2013. A posse do novo presidente paraguaio será realizada em agosto de 2013.