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Polícia prende seis suspeitos de balear garota paquistanesa; principal suspeito não foi achado

Artista indiano faz retoques finais em escultura de areia em homenagem a Malala Yousufzai - STR/AFP
Artista indiano faz retoques finais em escultura de areia em homenagem a Malala Yousufzai Imagem: STR/AFP

Do UOL, em São Paulo

25/10/2012 13h46

 Seis homens foram presos nesta quinta-feira (25) por suspeita de envolvimento no ataque à garota e ativista paquistanesa Malala Yousufzai, 15, que foi baleada no ombro e na cabeça no último dia 9 quando saía da escola, no vale de Swat, no noroeste do Paquistão. O atentado foi reivindicado pelo Taleban, que controla a região.

A polícia local não encontrou ainda o principal suspeito do crime. Ele foi identificado como Atta Ullah Khan, 23, e faz um mestrado em química na mesma cidade de Malala. As autoridades prenderam a mãe, o irmão e a noiva de Khan, além dos seis homens.

Os familiares do principal suspeito não foram acusados de envolvimento no atentado, mas são interrogados, afirmou um oficial à rede CNN.

O homem estudou Física na Universidade de Jahanzeb, em Swat. Alam Zeb, o diretor da instituição, afirmou que Khan deu aos funcionários da universidade três ou quatro datas de nascimento diferentes. O diretor ainda condenou o ataque e disse estar surpreso de ouvir que um ex-estudante pode estar envolvido no caso.

 Por sua vez, a garota, que se tornou um símbolo da luta pelos direitos das mulheres à educação, está recebendo tratamento em um hospital de Birmingham, no Reino Unido.

Ontem, seu quadro era estável. “Ela continua a fazer bons progressos”, afirmava o site do hospital. Dave Rosser, médico e diretor da instituição, afirmou que ela vai precisar “de um período significante de descanso e recuperação” antes de se submeter a cirurgias.

Malala já conseguiu mover suas extremidades e até ficou em pé com ajuda de enfermeiras, segundo o hospital. Ela não pode falar, já que um tubo foi inserido em sua traqueia para proteger os canais de respiração, mas tem escrito sentenças coerentes, disse o médico.

A família da garota permanece no Paquistão. O Taleban afirmou que pode assassinar Malala se ela se recuperar.