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Bergoglio queria se casar com namorada de infância

Ex-namorada do papa Francisco conversa com a imprensa argentina sobre romance vivido com Jorge Mario Bergoglio na infância - Reprodução/Diário Popular
Ex-namorada do papa Francisco conversa com a imprensa argentina sobre romance vivido com Jorge Mario Bergoglio na infância Imagem: Reprodução/Diário Popular

Do UOL, em São Paulo

14/03/2013 18h04

Uma suposta ex-namorada do papa Francisco deu uma entrevista à imprensa argentina nesta quinta-feira (14), um dia após o anúncio da eleição do pontífice, e  contou que Jorge Mario Bergoglio teria dito que se tornaria padre caso ela se recusasse a se casar.

Identificada como Amália, a ex-namorada do 266º pontífice da Igreja Católica afirmou que, quando os dois eram crianças, Bergoglio lhe deu uma carta que continha o desenho de uma casa, demonstrando o desejo de viver com ela.

Quando entregou o papel, Bergoglio disse que, "se não se casasse com ela, viraria sacerdote". O documento foi pego pelo pai de Amália, que se assustou com a audácia do garoto. "Não respondi a carta. Meu pai me deu uma surra porque eu me atrevia a ler a carta de um menino e fez todo o possível para nos separar. Depois disso, eu nunca mais o vi", disse.

"Ele nunca me propôs coisas feias", acrescentando Amália, destacando que o relacionamento acabou devido à oposição de seus pais. "Após a reação dos meus pais eu disse a Jorge que não se aproximasse porque meu pai ia me matar".

Os dois tinham por volta de 12 anos e moravam em uma rua do bairro de Flores, em Buenos Aires.

E, segundo a ex-namorada, Bergoglio era um menino muito correto e que sua mãe era uma "Virgem Maria".  Para ela, os dois talvez fossem almas gêmeas.

Perfil do novo papa 

Primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.

Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969. O jesuíta foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina em 27 de junho.

Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.

O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.

Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos.

Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.

Em seu primeiro discurso, feito logo após o anúncio de seu nome, Francisco 1º agredeceu ao acolhimento da comunidade de Roma e, também lembrou do papa emérito Bento 16, seu antecessor.

Ele bateu outros cardeais considerados favoritos, como o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer. (*Com agências internacionais)