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PC do B divulga carta de apoio à Coreia do Norte; PT nega ter assinado

Do UOL, em São Paulo

08/04/2013 17h04

O PT afirmou, em nota publicada na manhã desta segunda-feira (8) no site do partido, que não assinou uma carta de apoio à Coreia do Norte publicada no site do Partido Comunista do Brasil (PC do B), onde consta que o PT teria endossado o texto. “A Secretaria de Relações Internacionais do PT, por sua vez, informa que não sabia da existência da nota, não foi consultada e, portanto, não assinou nenhum documento”, consta no portal da legenda.

O PC do B publicou em seu site na última quarta-feira (3) uma carta de “apoio irrestrito e absoluto” à Coreia do Norte, que na última semana ameaçou bombardear os Estados Unidos com mísseis nucleares. De acordo com o PC do B, a carta foi assinada pelos partidos PT, PSB, e por 16 entidades, entre elas o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), que afirma em seu site ser o autor do texto.

Intitulada “Partidos e movimentos solidarizam-se com a Coreia Popular”, a carta afirma que a Península Coreana passa por uma escalada de tensão com a participação direta dos Estados Unidos “apesar dos pedidos reiterados por diálogo enquanto a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA, toma medidas belicistas."

“A campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real”, segue o documento.

“Incentivaremos a humanidade e os povos progressistas de todo o mundo e que se opõem a guerra, que se manifestem com o objetivo de manter a Paz contra a coerção e as arbitrariedades do terrorismo dos EUA”, consta no texto.

Tensão entre as Coreias

A Coreia do Norte multiplicou as declarações belicosas depois que a ONU adotou novas sanções contra o país, em fevereiro deste ano, por um teste nuclear realizado pelo país. Também expressou irritação com as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul em território sul-coreano.

Pyongyang deslocou recentemente um segundo míssil de médio alcance para a costa leste, aumentando as especulações sobre a possível preparação de um lançamento.

Os diplomatas instalados em Pyongyang se reuniram no fim de semana para discutir sobre a advertência feita na sexta-feira (5) pelo regime norte-coreano: não garantir a segurança das missões diplomáticas na capital a partir do dia 10.

A maioria dos governos estrangeiros afetados deu a entender que não tem a intenção de retirar os funcionários, incluindo os sete países da União Europeia presentes na Coreia do Norte (Alemanha, Reino Unido, Suécia, Polônia, Romênia, República Tcheca e Bulgária).