Presidentes do Irã, Argentina e Bolívia vão acompanhar juramento de Maduro, diz chanceler
Os presidentes Mahmoud Ahmadinejad (Irã), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua), confirmaram a presença no juramento de Nicolás Maduro como novo presidente da Venezuela na próxima sexta-feira (19), em Caracas.
Herdeiro político de Hugo Chávez, Nicolás Maduro foi eleito no domingo (14) com 50,7 % dos votos, derrotando o candidato da oposição, Henrique Capriles, que obteve 49,1 %, em uma disputa mais apertada que o previsto.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (16) pelo chanceler Elías Jaua aos jornalistas depois da reunião na sede da Chancelaria com o corpo diplomático credenciado em Caracas.
"O embaixador do Irã também confirmou a participação do presidente Mahmoud Ahmadinejad", disse Jaua.
O chanceler comentou que estas foram as confirmações recebidas pelo Governo até o momento, mas se mostrou convencido de que "boa parte dos presidentes da América Latina e do Caribe estarão presentes" na capital venezuelana na sexta-feira.
O Governo do Equador pediu nesta terça que os presidentes dos países-membros da Unasul assistam à cerimônia de posse de Maduro, mas Jaua não confirmou a presença do presidente Rafael Correa à cerimônia.
"O Equador pede a todos os presidentes, vice-presidentes e chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que assistam na sexta-feira à cerimônia de posse do presidente eleito" da Venezuela, escreveu o vice-chanceler equatoriano, Marco Albuja, em sua conta no Twitter.
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano estabeleceu a data para a posse após o pleito deste domingo, nos qual Maduro venceu por um resultado muito apertado.
Em seu terceiro reporte de resultados, o CNE informou hoje que os votos obtidos por Maduro somam 50,78% e o do opositor Henrique Capriles 48,95%.
Capriles se negou a aceitar os resultados até os votos serem recontados e ontem, após a proclamação de Maduro, que considerou ilegítima, chamou seus seguidores para protestarem "em paz" nas ruas. E convocou uma marcha até a sede do CNE em Caracas nesta quarta-feira (17), a qual Maduro disse que vai impedir que ocorra.
Nesta segunda-feira (15), ocorreram protestos e panelaços em Caracas e outras cidades nas quais, segundo a Procuradoria Geral, morreram sete pessoas, entre as quais um policial de Táchira, e 61 ficaram feridas.
Desde então, Maduro e Capriles trocam acusações. O presidente eleito culpou Capriles pelas mortes, por ter sido causadas pelos protestos de oposicionistas que não concordaram com o resultado das eleições. Por sua vez, Capriles pediu que as manifestações sejam pacíficas e disse que é o governo chavista que se beneficia com os casos de violência.
(Com agências internacionais)
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