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Caçada a suspeito de atentado de Boston já dura mais de 15 horas nos EUA

Os suspeitos Dzhokhar A. Tsarnaev (esq.) e Tamerlan Tsarnaev (dir.) - Reprodução/fbi.gov
Os suspeitos Dzhokhar A. Tsarnaev (esq.) e Tamerlan Tsarnaev (dir.) Imagem: Reprodução/fbi.gov

Do UOL, em São Paulo

19/04/2013 15h12Atualizada em 19/04/2013 20h47

A "caçada" aos principais suspeitos pelas explosões na Maratona de Boston já dura mais de 15 horas nos Estados Unidos. A megaoperação policial começou um tiroteio por volta das 22h30 (23h30 horário de Brasília) de quinta-feira (18), no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), onde um policial foi morto dentro do campus universitário da instituição localizado em Cambridge, na região metropolitana de Boston (EUA).

Até as 15h (horário de Brasília) desta sexta-feira (19), um dos suspeitos, identificado como o russo Dzhokhar A. Tsarnaev, 19, (à esquerda na imagem, de boné branco) continuava a ser perseguido pela polícia, que montou uma operação com agentes locais, estaduais e federais.
 
Seu irmão, cuja identidade foi revelada como Tamerlan Tsarnaev, 26, e que aparece nas imagens divulgadas pelo FBI (polícia federal norte-americana) com um boné preto, foi baleado durante confronto com a polícia pouco depois do tiroteio no MIT, na cidade de Watertown, nos arredores de Boston, em Massachusetts (EUA), nesta madrugada. Entretanto, informações desencontradas divulgadas pela imprensa norte-americana dizem que o suspeito pode ter detonado bombas presas ao seu corpo. Dois policiais também morreram na operação.
 
Os suspeitos seriam irmãos de nacionalidade russa, provenientes de uma região próxima à Tchechênia, e moram legalmente nos Estados Unidos há no mínimo um ano.

Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. "Um dos suspeitos morreu, o outro está solto, armado e é perigoso", confirmou o comissário da polícia de Boston, Edward F. Davis. 

O segundo suspeito, que continua foragido (à esquerda na imagem, de boné branco) foi também identificado como Dzhokhar A. Tsarnaev, 19, de acordo com a imprensa americana. Os suspeitos seriam irmãos de nacionalidade russa, provenientes de uma região próxima à Tchechênia, e moram legalmente nos Estados Unidos há no mínimo um ano.

"Nós acreditamos que esse homem é um terrorista. Acreditamos que ele veio até aqui para matar pessoas", declarou o comissário.

FBI divulga imagens de suspeitos de atentados em Boston

Perseguição cinematográfica

Segundo Davis, policiais foram acionados na quinta-feira à noite, após um alerta de que tiros tinham sido ouvidos no campus do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, perto de Boston.

Ao chegarem ao local, os agentes encontraram um policial ferido por vários tiros, que não resistiu aos ferimentos. Mais tarde, o policial foi identificado como Richard H. Donohue Jr, de 33 anos.

A polícia conseguiu interceptar um carro, que seria roubado, com dois suspeitos que seguia em direção a Watertown e deu-se início uma perseguição pelas ruas do distrito.

Mais tarde, um morador da área disse à polícia que tinha sido sequestrado por dois homens que levaram o seu carro. Depois de meia hora, ele foi solto ileso.

Durante a perseguição policial, os suspeitos jogaram explosivos e atiraram contra os carros da polícia. O suspeito que morreu foi atingido na troca de tiros. Outro policial também morreu na ação.

Personagens da tragédia

  • Reprodução/The Boston Globe

    Irmãos que assistiam à Maratona de Boston perdem uma perna cada um

  • Reprodução/Facebook

    Estudante chinesa morta na Maratona de Boston é identificada

  • Reprodução/Boston Globe

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  • Charles Krupa/AP

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  • Reprodução/Facebook

    Mulher de 29 anos é a segunda vítima fatal da Maratona de Boston

  • Arquivo pessoal

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  • Arquivo pessoal

    Passei pela chegada 1 min antes da explosão, diz brasileira em Boston

  • Reprodução

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Ainda segundo Davis, durante a troca de tiros o suspeito Dzhokhar conseguiu fugir e está sendo procurado pela polícia. Em comunicado, a polícia confirmou que os homens estariam envolvidos na morte do policial no MIT.

Cidade sitiada

A polícia do Estado de Massachusetts pediu, por meio de sua conta oficial no Twitter, que os moradores de Watertown não saiam de suas residências e só abram a porta de casa para a polícia. As autoridades suspenderam temporariamente o transporte na área metropolitana de Boston e decretaram toque de recolher na cidade de Watertown.

Em um comunicado, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Barack Obama, está sendo informado sobre a evolução dos acontecimentos e da investigação no caso pela assistente de Segurança Nacional e Antiterrorismo, Lisa Mónaco. Ontem (18), Obama participou de um ato ecumênico em homenagem às vítimas do atentado, na Catedral da Santa Cruz de Boston. "Sim, nós vamos encontrá-lo e vamos fazer justiça! Nós vamos terminar a corrida! Não podemos deixar algo como isso nos parar", disse na ocasião.

Moradores relatam confronto entre suspeitos e polícia

Moradores da cidade relataram que a madrugada foi de caos em Watertown por causa da grande operação realizada pela polícia. Muitos contaram que ouviram vários tiros e explosões por volta de 1h (0h horário de Brasília).

De acordo com reportagem do jornal "The New York Times", dois moradores contaram à polícia que presenciaram o momento em que dois jovens, com armas e explosivos no que pareciam ser mochilas, entraram em confronto com dezenas de policiais em uma rua de Watertown.

Andrew Kitzenberg, 29, disse que viu os dois suspeitos trocando tiros com a polícia. Segundo ele, a dupla estava de posse de uma grande bomba.

"No meio do tiroteio, eles acenderam a bomba e jogaram", lembra. Andrew falou ainda que o artefato explodiu, e um dos jovens correu em direção ao local onde havia policiais. O suspeito foi derrubado, mas Kitzenberg não soube dizer se ele foi baleado.

Outra moradora, Loretta Kehayias, 65, contou que a explosão "iluminou toda a casa. Eu gritei. Eu nunca vi nada como isso, nunca, nunca, nunca."

Ainda segundo o morador Andrew Kitzenberg, o outro jovem entrou em um carro e fugiu. 

O taxista Imran Sais conta que estava na esquina de uma rua, em frente a uma lanchonete, quando ouviu uma explosão. "Ouvi um grande estrondo e, em seguida, uma rápida sucessão de barulhos que soavam como vindos de armas automáticas. Depois disso, escutei uma segunda explosão", lembra.

O motorista fala ainda que tentou se aproximar para saber o que estava acontecendo, mas moradores da área gritaram das janelas das casas: "É tiroteio! Não vá por este caminho!"