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Coreia do Norte ameaça atacar EUA e Coreia do Sul se tiver território violado

Do UOL, em São Paulo

07/05/2013 01h21Atualizada em 07/05/2013 05h14

O Exército da Coreia do Norte ameaçou realizar "contra-ataques imediatos" no caso dos Estados Unidos e da Coreia do Sul violarem sua soberania territorial durante o exercício militar que os dois países realizam esta semana em águas sul-coreanas do mar Amarelo.

Entenda o conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul

  • Reprodução/AFP

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"As unidades do Exército Popular de Coreia na frente sudoeste lançarão contra-ataques imediatos caso um só projétil caia sobre as águas territoriais do nosso lado", advertiu o Comando das Forças Armadas norte-coreanas em uma nota publicada nesta segunda-feira (6) pela agência estatal "KCNA".

O Exército norte-coreano acrescentou que, se os aliados respondessem ao contra-ataque citado, usaria "todas as forças de artilharia", o que, segundo menciona a nota, "transformaria as cinco ilhas sul-coreanas do mar do Oeste (mar Amarelo) em um mar de chamas".

Em seu comunicado, as Forças Armadas norte-coreanas também citam os novos exercícios dos aliados como "uma provocação militar premeditada" e "uma tentativa de avançar do atual estado de guerra a uma guerra real".

O novo exercício militar da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, iniciado na segunda-feira e que se prolongará até a próxima sexta-feira (10), inclui um submarino nuclear, vários destróieres e aviões de vigilância marítima com o objetivo de evitar possíveis ataques submarinos.

O arsenal norte-coreano

  • A quantidade exata de armas nucleares na Coreia do Norte é uma incógnita, uma vez que o país não é signatário de tratados para controle de tecnologias para destruição em massa.

    No entanto, estima-se que o arsenal do país inclui alguns foguetes que poderiam atingir não só Seul, mas capitais como Tóquio e até mesmo bases norte-americanas no Pacífico.

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Tensão na península coreana

A mais recente ofensiva norte-coreana surge em um momento de calmaria, depois de uma intensa campanha de hostilidades do regime comunista, entre os meses de dezembro do ano passado e abril deste ano, que elevou a tensão na península coreana a níveis extremamente altos.

A tensão na península se intensificou em dezembro de 2012, quando o Norte realizou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.

Em fevereiro, Pyongyang executou um terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.

Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos em território sul-coreano, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.

No dia 30 de março, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. (Com agências internacionais)