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Mandela pediu para ser enterrado no vilarejo onde nasceu, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

28/06/2013 04h19

O ex-líder da África do Sul Nelson Mandela, 94, internado em estado crítico há mais de 20 dias em Pretória, pediu em 1996 que, quando morresse, fosse enterrado sem pompas em Qunu, pequeno vilarejo onde nasceu, relatou o jornal sul-africano “Mail & Guardian” nesta sexta-feira (28).

O herói africano

  • Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a violência racial na África do Sul, Nelson Mandela - ou Madiba, como é chamado na sua terra natal - passou 27 anos preso e se tornou o primeiro presidente negro daquele país.

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Mandela, então com 78 anos e ainda presidente do país, teria dado três orientações acerca de seu funeral, segundo a publicação: que não haja uma série de cerimônias oficiais para o evento; que ele seja enterrado em Qunu, onde nasceu e se aposentou em 2012; e que sua lápide seja de “pedra simples”.

O jornal diz que, embora seja possível que Mandela tenha mudado de ideia sobre seu funeral, ele teria incluído esses três pedidos em testamentos à família.

“Ele nunca pensou muito na morte, mas ele nunca quis nada pomposo”, citou uma pessoa próxima da família ao jornal.

Zuma diz que Mandela melhorou

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, afirmou nesta quinta-feira (27) que o estado de saúde de Nelson Mandela melhorou durante a noite.

"Eu cancelei minha visita a Moçambique para vê-lo e conversar com os médicos. Ele [Mandela] está muito melhor hoje do que estava na noite passada", disse. Segundo Zuma, o estado de saúde do ex-presidente sul-africano é crítico, mas estável.

O presidente sul-africano participaria de uma reunião de cúpula da Comunidade de Desenvolvimento Sul Africano (SADC) em Moçambique para discutir a infraestrutura regional, mas desistiu da viagem após visitar o ex-presidente, de 94 anos, no hospital na noite de quarta-feira.

O estado de saúde de Mandela piorou no fim de semana. Ele foi internado no dia 8 de junho em caráter de emergência após uma recaída da infecção pulmonar que sofre há dois anos e meio, uma consequência dos anos que passou na prisão durante o regime do apartheid. (Com Reuters e AFP)