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Sindicato afirma que 31 jornalistas foram agredidos em protestos na Venezuela

Do UOL, em São Paulo

20/02/2014 09h22

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP) afirmou que 31 jornalistas foram agredidos durante a cobertura dos diversos protestos organizados no país nas últimas semanas.

Além das agressões, outros 12 jornalistas foram presos e 11 roubados enquanto trabalhavam nos protestos, divulgou a SNTP em um comunicado.

O secretário-geral do sindicato, Marco Ruiz, alertou que os ataques contra a imprensa são cada vez mais violentos. Segundo ele, muitos jornalistas foram ameaçados com armas de fogo.

Ruiz pediu ao ministério do Interior, Justiça e Paz e ao comando da Guarda Nacional Bolivariana que garantam a integridade dos jornalistas.

"Peço também respeito, por parte da sociedade civil, ao trabalha daqueles que são aliados na divulgação da informação", afirmou.

Na quarta-feira (19), a polícia de Zulia agrediu o jornalista José Manuel Luengo, do diário Panorama, quando o profissional denunciava a repressão dos policiais contra uma manifestação de estudantes.

Até agora, seis pessoas já morreram nos enfrentamentos ocorridos durante os protestos. Na quarta, uma estudante de 22 anos morreu após ser atingida por um tiro na cabeça durante uma manifestação contra o governo um dia antes, em Valência, na Venezuela.

Genesis Carmona cursava marketing na Universidad Tecnológica del Centro (Unitec) e era Miss Turismo Carabobo 2013.

O governo de Nicolás Maduro atribui as mortes a grupos opositores e a "infiltrados". Já a oposição, acusa grupos armados de motociclistas ligados ao governo e à Guarda Nacional Bolivariana de promover a violência nos protestos.