Topo

EUA suspendem cooperação militar com Rússia por causa de crise na Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

03/03/2014 22h32

Os Estados Unidos "suspenderam todos os vínculos militares" entre Washington e Moscou, em consequência da intervenção russa na Crimeia, anunciou o Pentágono nesta segunda-feira (3).

"Isso compreende os exercícios e as reuniões bilaterais, as escalas de navios e as conferências de planejamento militar", declarou em uma nota o porta-voz da Defesa americana, o contra-almirante John Kirby.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia afirmado hoje que a Rússia violou a legislação internacional após a intervenção militar na Ucrânia e que o governo dos EUA analisava uma série de sanções econômicas e diplomáticas para isolar Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, precisa permitir que monitores internacionais negociem um acordo que seja aceitável para todos os ucranianos, disse Obama a jornalistas antes de se reunir com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

"Ao longo do tempo isso será custoso para a Rússia. E agora é o momento para eles considerarem se podem cumprir seus interesses através da diplomacia e não pela força", disse Obama.

 


 

Por telefone

Ainda nesta segunda-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por telefone com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, e pediu a Moscou que retire suas forças da Crimeia. A informação foi divulgada pela Casa Branca.

"O vice-presidente pediu à Rússia que retire suas forças, apoie o envio imediato de observadores internacionais à Ucrânia e comece um diálogo político substantivo com o governo ucraniano", destacou o governo dos Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, John Kerry, chega amanhã a Kiev, em um sinal de apoio ao governo interino ucraniano, que assumiu após a saída do presidente Viktor Yanukovytch.

"Falará, certamente, sobre as necessidades econômicas e políticas da Ucrânia, para ver que ajuda adicional poderá ser facilitada e enviar uma forte mensagem de que apoiamos o povo ucraniano", afirmou em teleconferência a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki.

(Com agências internacionais)