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Equipe que achou avião da Air France ajudará a buscar avião malaio

Do UOL, em São Paulo

21/03/2014 07h54Atualizada em 14/04/2014 20h33

Membros da equipe francesa que localizou os destroços do voo da Air France irão ajudar nas buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março, afirmou nesta sexta-feira (21) o ministro interino dos Transportes malaio, Hishamuddin Hussein. O AF 447 caiu no oceano Atlântico quando viajava do Rio de Janeiro a Paris, em 2009.

"Eles concordaram em nos ajudar com sua experiência e conhecimento consideráveis", afirmou Hussein. 

O anúncio de um acordo com o governo francês é o mais novo desdobramento das buscas pelo voo MH370, que já mobilizam pelo menos 26 países. O avião malaio ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, mas sumiu dos radares cerca de 40 minutos após o início do voo.

Na manhã desta sexta-feira (21), o governo da Malásia informou que as buscas continuam sendo realizadas nos chamados corredores norte e sul.

Foi próximo ao corredor sul que o governo da Austrália encontrou evidências de possíveis destroços do avião, com base em imagens de satélite -- a cerca de 2.500 km de Perth, na costa oeste australiana.

O voo AF 447 caiu no Atlântico no dia 1º de junho de 2009, matando 228 pessoas. As equipes de resgate demoraram cinco dias para encontrar os primeiros corpos, mas as caixas-pretas só foram localizadas em 2011, quase dois anos depois do acidente.

Também nesta sexta-feira (21), o governo australiano informou que as equipes de buscas não localizaram ainda os supostos destroços. O vice-premiê australiano, Warren Truss, disse que os objetos podem ter afundado.

"Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando", disse ele a repórteres em  Perth. "Podem ter ido para o fundo", completou.

As imagens de satélite que apontaram os dois objetos eram do último domingo (16), mas foram divulgadas apenas na quinta-feira (20).

A China, país de origem de 153 passageiros do voo MH370, enviou três navios militares para auxiliar nas buscas na região apontada pela Austrália. Participam ainda do esforço jatos e navios de EUA, Reino Unido, Nova Zelândia e Noruega.

O governo da Malásia informou ainda que solicitou mais recursos aos Estados Unidos -- prinicipalmente aviões de reabastecimento, para fazer com que as aeronaves que atuam na busca do voo fiquem mais tempo no ar. 

A zona em que a operação está concentrada é remota e alvo de fortes correntezas e mau tempo, o que compromete as chances de sucesso.