Atirador de escola em Seattle procurou os primos para atirar, diz CNN
Do UOL, em São Paulo
25/10/2014 12h49Atualizada em 25/10/2014 16h05
O adolescente Jaylen Fryberg não buscou alvos aleatórios para os tiros, mas procurou seus primos quando disparou diversas vezes em uma escola de Seattle, EUA, na última sexta-feira (24), segundo a rede de TV norte-americana CNN. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, e outras duas morreram.
"Duas das vítimas eram primos de Fryberg. Eles, inclusive, eram próximos”, afirmou Don Hatch, avô do atirador, ao portal. O responsável pelos disparos foi identificado como um aluno do primeiro ano do ensino médio, de origem nativo-americana e que, segundo relatos de testemunhas, era muito popular no colégio.
O atirador teria se suicidado após ser abordado por uma professora. De acordo com o veículo local “KIRO TV”, a professora de estudos sociais Megan Silberberger interferiu enquanto Fryberg tentava recarregar a arma.
“Não houve luta entre eles. Ela simplesmente agarrou o braço dele, e depois de dois segundos, ouvi outro tiro, o do suicídio”, disse Erick Cervantes, um estudante que teria testemunhado a cena, à CNN.
Feridos
Segundo a polícia, três feridos foram atingidos na cabeça e estão em estado crítico e o quarto está em sérias condições.
"Quatro pacientes vieram para este centro, provenientes do local. Três deles estão sendo mantidos aqui, os três em estado mais crítico", indicou o hospital. Entre os feridos, estão duas meninas e dois meninos.
Uma aluna falou por telefone para a CNN que ela acreditava que o barulho do primeiro tiro, seguido pelo alarme, era de uma simulação de incêndio, até que os professores avisaram que era um tiroteio e para que todos corressem para as salas de aula. A estudante, que não teve seu nome revelado, acredita que várias pessoas tenham ficado feridas.
A direção da escola divulgou um comunicado em que informa que o prédio está trancado, e que colabora com os trabalhos das autoridades. "A Marysville Pilchuck High School está em isolamento devido uma situação de emergência. A polícia e serviços de emergência estão trabalhando. O isolamento permanecerá até que a polícia libere a área."
Marysville Pilchuck é uma escola grande --a maior do Estado--, com mais de 2.500 alunos. A polícia pede que os estudantes e pais que não estão na escola fiquem longe do prédio.
Não há informações sobre o que motivou o ataque.
Um garoto que se identifica como amigo de Fryberg disse que não reparou nada de errado com ele nos últimos dias, mas disse que ele andava melancólico desde o término de um namoro, e que tinha publicado mensagens "brutais" nas redes sociais, sobre machucar a si mesmo e sobre suicídio.
Relatos
Fryberg chegou na lanchonete da escola, foi até uma mesa específica e começou a atirar. "Ele veio por trás, e atirou seis vezes pelas costas das pessoas", disse Jordan Luton, que testemunhou o ataque, à “CNN”. "Eles [as vítimas] eram seus amigos, então não foi aleatório", explica.
"Eu estava comendo, quando ouvi quatro tiros atrás de mim. Vi uma arma apontada para uma mesa, então corri para a saída", contou um estudante, identificado apenas como Alex, à “KIRO TV”.
"Nosso filho acabou de ligar para dizer que seus filhos estão bem. Seu filho estava a mais ou menos 15 metros do atirador, um estudante que ele conhece", afirmou Tom Hopper, avô de um aluno da escola depois de conversar com o pai dos estudantes.
"Nosso neto e seus amigos fugiram, pularam uma cerca e foram para casa. Ele não sabia nada sobre vítimas, mas acha que há pelo menos uma", indicou Hopper em um e-mail ao canal.