A320 teve 8 grandes acidentes na história; pior deles foi em SP
A família do modelo A320 da Airbus sofreu nesta terça-feira (24), nos Alpes franceses, em uma aeronave controlada pela companhia alemã Germanwings, o oitavo grande acidente de sua história.
O A320, que começou a ser produzido em 1986, pode acomodar até 180 passageiros (220 na versão A321). De acordo com a fabricante francesa, a família A320, que inclui as versões A318, A319 e A321, é a aeronave de corredor único mais vendida do mundo, e cerca de 6.000 estão operando atualmente.
De acordo com uma análise produzida pela Boeing, concorrente da Airbus, o A320 tem um bom índice de segurança, de 0,14 acidente fatal a cada 1 milhão de decolagens. “É uma aeronave altamente confiável”, afirmou o ex-comandante John Cox, diretor da consultoria de aviação Safety Operating Systems, à NBC.
Segundo o site Aviation Safety, o pior acidente envolvendo um Airbus A320 ocorreu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), em 17 de julho de 2007.
Uma aeronave da TAM que fazia a rota do voo JJ 3054, não conseguiu aterrissar, saiu da pista e atingiu um prédio da TAM Express, em frente ao aeroporto. O total de mortos foi 199, sendo 187 no avião e 12 em solo. Não houve sobreviventes.
O primeiro grande acidente do A320 ocorreu em 14 de fevereiro de 1990, quando um voo da Indian Airlines caiu enquanto se aproximava do pouso em Bangalore, na Índia, deixando 92 mortos (54 sobreviveram).
Dois anos depois, um modelo A320-111 da Air Inter que ia para Estrasburgo bateu em um pico próximo ao Monte Sainte-Odile, na França, e matou 87 das 96 pessoas que estavam a bordo.
Em 23 de agosto de 2000, um A320-212 da Gulf Air que pousaria no aeroporto do Bahrein tentou arremeter para corrigir um problema na aterrissagem, caiu no Golfo Pérsico e deixou 143 mortos, sem sobreviventes. Um incidente semelhante ocorreu seis anos depois em Sochi, na Rússia, com um voo da Armavia que caiu no Mar Negro, matando as 113 pessoas a bordo.
Após o acidente da TAM, a família A320 sofreu outras três tragédias que não deixaram sobreviventes: em julho de 2010, no Paquistão, quando um voo da Airblue caiu nas montanhas em Islamabad e matou 146 pessoas; em novembro do ano passado, na queda de uma aeronave da Indonesia AirAsia no mar de Java (162 mortos); e nesta terça-feira (24), na tragédia do voo 4U 9525 da Germanwings, que deixou 152 mortos.
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