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Piloto da Germanwings temia estar ficando cego, mas omitiu da companhia

Reuters
Imagem: Reuters

Do UOL em São Paulo

11/06/2015 14h11

O piloto alemão Andreas Lubitz, que jogou um avião da companhia Germanwings contra os Alpes franceses em março, temia estar ficando cego e foi considerado inapto para voar por alguns dos médicos que consultou -- mas, segundo disse a promotoria da França nesta quinta-feira (11), omitiu o fato de seus empregadores.

Os médicos, por sua vez, não informaram o fato à empresa devido as leis de confidencialidade médica em vigor na Alemana, afirmou o promotor de Marselha Brice Robin.

De acordo com Stéphane Gicquel, presidente da Fenvac, a federação francesa de vítimas de acidentes coletivos, Lubitz consultou "mais de 40 médicos e, em particular, cinco ou seis no mês" anterior à tragédia.

Todos os 150 ocupantes do voo morreram. As famílias começaram a receber os restos mortais das vítimas nesta semana, e os funerais estão previstos para os próximos dias.

Três juízes de instrução de Marselha investigarão a tragédia "a título de homicídio involuntário", informou ainda Gicquel. 

O A320 que cobria a rota Barcelona-Dusseldorf caiu no dia 24 de março nos Alpes franceses. A investigação revelou que o co-piloto alemão Andreas Lubitz, que havia sofrido problemas psiquiátricos, derrubou a aeronave de forma intencional, matando seus 150 ocupantes, entre eles 72 alemães e 50 espanhóis.

Gicquel acrescentou que, segundo deduziu das explicações do procurador de Marselha, serão investigados os erros da Lufthansa, casa matriz da Germanwings, no momento de detectar os problemas de saúde de Andreas Lubitz.

Segundo ele, o núcleo da investigação estará em ver se ocorreram "erros no acompanhamento médico" do copiloto. (Com agências internacionais)