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Legalização do casamento gay é uma vitória para os EUA, diz Obama

Do UOL, em São Paulo

26/06/2015 12h30Atualizada em 26/06/2015 13h57

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou como uma "vitória para os Estados Unidos" a decisão desta sexta-feira (26) da Suprema Corte que legaliza o casamento gay em todo o território americano.

"Não importa quem você é ou quem você ama, América é um lugar onde você pode escrever seu próprio destino", declarou Obama durante um pronunciamento sobre a histórica decisão, tomada por cinco votos a favor e quatro contra.

"Quando todos os norte-americanos são tratados com igualdade, nós somos mais livres”, disse.

Minutos antes, no Twitter, Obama afirmou que a decisão "é um grande passo no caminho em direção à igualdade".

Em seu discurso, Obama disse que o "progresso no caminho vem frequentemente em pequenos passos".

"Às vezes dois passos adiante e um atrás, impulsionados pelo esforço persistente de cidadãos dedicados. E depois, às vezes, há dias como este, quando esse esforço lento e constante é recompensado com a justiça que chega como um raio."

O presidente americano reconheceu, no entanto, que ainda "há muito trabalho a fazer para estender a promessa de que os Estados Unidos sejam iguais para todos os americanos".

"Hoje também temos a esperança de que, apesar dos muitos problemas com os quais é preciso lidar, frequentemente dolorosamente, a verdadeira mudança é possível". "Os Estados Unidos devem estar muito orgulhosos", ressaltou.

A candidata democrata à presidência nas eleições do ano que vem Hillary Clinton também se uniu ao coro que celebrou no Twitter a decisão do Supremo e declarou estar "orgulhosa da histórica vitória pela igualdade matrimonial, a coragem e determinação dos LGBT americanos que o tornaram possível".

A histórica decisão

Dois anos depois de ter decretado que o casamento não era exclusivo dos casais heterossexuais, a Corte julgou que os 14 Estados que atualmente se negam a unir duas pessoas do mesmo sexo devem agora casá-las e também reconhecer seu casamento se ele foi celebrado em outra jurisdição.

Em nome do princípio de igualdade de todos perante a lei, "a 14ª Emenda (da Constituição) requer que um Estado celebre o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo", escreveu o juiz Anthony Kennedy.

O magistrado conservador uniu seu voto ao de quatro magistrados progressistas do tribunal para permitir que gays e lésbicas possam se casar em todos os cantos dos Estados Unidos.

O presidente da Corte, John Roberts, se opôs à decisão, assim como os outros três juízes conservadores.  (Com agências internacionais)