Após 515 dias, Malásia confirma que peça achada pertence ao MH370
Os destroços encontrados em uma ilha francesa do oceano Índico pertencem ao voo MH370, declarou nesta quarta-feira (5) o primeiro-ministro malaio Najib Razak. Esta é a primeira pista para tentar descobrir o que aconteceu com o avião, desaparecido há 515 dias com 239 pessoas a bordo.
"É com o coração pesado que preciso dizer que uma equipe internacional de especialistas confirmou conclusivamente que os destroços da aeronave encontrados na Ilha Reunião pertencem de fato ao MH370", declarou o primeiro-ministro Najib Razak à imprensa.
Em nota, a companhia aérea informou que os familiares de passageiros e tripulantes já foram informados. "Espero que isso diminua o fardo da incerteza para as famílias", afirmou o premiê. “Esperamos e torcemos para que haja mais objetos para serem encontrados que permitiriam resolver este mistério”, acrescentou a companhia aérea.
A parte da asa do Boeing 777 recuperada foi encontrada na semana passada nas proximidades de Madagascar. O flaperon, de dois metros de comprimento, foi enviado para análise em um laboratório francês, que disse ter fortes indícios da identificação da peça do avião malaio. Segundo o promotor francês Serge Mackowiak, é possível confirmar que o fragmento pertence a um Boeing com base em seu formato, cor, estrutura e outras características técnicas. Ele também disse que a "documentação técnica" enviada pela Malaysia Airlines permitiu que os analistas estabelecessem relações entre as características técnicas comuns entre o destroço e o flaperon do MH370.
O fragmento, agora a principal pista para solucionar o mistério da queda, pôde flutuar no oceano Índico por se tratar de uma peça oca, cheia de ar, ao contrário das caixas-pretas, densas e metálicas, que afundam em caso de acidente marítimo. Os analistas esperam que seja possível estabelecer também se a aeronave explodiu no ar e se desfez em pedaços ou se caiu inteira no mar.
Depois de um ano de buscas e falsas pistas, os familiares do passageiros receberam a notícia sobre a identificação da peça com cautela. O Boeing da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos após a decolagem no dia 8 de março de 2014 na rota entre Kuala Lumpur e Pequim. Após radares sinalizarem a mudança de rota do voo, as buscas se concentraram no oceano Índico.
A Ilha da Reunião, onde o destroço foi localizado, está a 3.700 km da área em que as buscas se concentraram. Mas especialistas ressaltam que a peça pode ter flutuado milhares de quilômetros nos últimos 17 meses a partir do local da queda. (Com agências internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.