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Terremoto sacode o sul da Ásia e deixa mais de 280 mortos

26.out.2015 - Mercado fica destruído após terremoto, em Sargodha, no Paquistão - Shahid Bukhari/AFP
26.out.2015 - Mercado fica destruído após terremoto, em Sargodha, no Paquistão Imagem: Shahid Bukhari/AFP

Do UOL, em São Paulo

26/10/2015 08h52Atualizada em 26/10/2015 19h27

Um terremoto de magnitude 7,5 com epicentro na região norte do Afeganistão sacudiu nesta segunda-feira (26) vários países do sul da Ásia, anunciou o Instituto de Geologia dos Estados Unidos (USGS), deixando mais de 280 mortos e mais de mil feridos no Paquistão e no Afeganistão.

Enquanto não é recuperada a comunicação com as áreas mais isoladas do território afegão e se saiba o alcance real da catástrofe, as autoridades paquistanesas informaram que pelo menos 154 pessoas morreram e outras mil ficaram feridas apenas nesse país.

No Afeganistão, o número de mortos chegou a 84, segundo fontes locais consultadas pela Agência Efe, mas o governo considera certo que o total de mortes aumentará assim que houver mais informações de regiões remotas. O tremor aconteceu às 13h30 (hora local, 7h de Brasília) no nordeste do território afegão, na província de Badakhshan, que faz fronteira com Tadjiquistão, China e Paquistão.

Em Taloqan, no Afeganistão, um corre-corre em uma escola derrubada pelo tremor deixou 12 meninas mortas e mais de 30 feridas. Ao todo no país, o tremor deixou pelo menos 34 mortos.

"As alunas correram para fora da escola, e acabaram sendo pisoteadas", contou Enayat Naweed, chefe do departamento de Educação.

No Paquistão, o país mais afetado, o terremoto deixou mais de 140 mortos.

No Hospital Lady Reading de Peshawar, capital provincial de Khyber Pakhtunkhwa, cerca de 100 feridos foram internados, e na região de Swat pelo menos 194 pessoas foram transferidas a centros médicos.

O terremoto foi sentido nas principais cidades paquistanesas, entre elas Lahore, Islamabad, Rawalpindi, Peshawar e Quetta e em algumas áreas as comunicações foram interrompidas.

A província de Khyber Pakhtunkhwa foi a região que mais sofreu no Paquistão, com 123 mortos e 956 feridos. Nas áreas tribais de administração federal, também na fronteira com o Afeganistão, morreram 21 pessoas e 50 ficaram feridas. Já na província de Gilgit foram seis as vítimas fatais, conforme afirmou à emissora estatal o ministro da Informação, Pervez Rashid, que também confirmou a morte de três pessoas em Punjab e uma na Caxemira paquistanesa.

Além disso, foi contabilizada a destruição de pelo menos cem casas na região tribal de Kurram e outras duzentas em Khyber Pakhtunkhwa.

O governo do Paquistão emitiu uma declaração de emergência e ordenou a mobilização de todas as agências do país após o terremoto.

"O primeiro-ministro (Nawaz Sharif) ordenou a todas as agências federais civis e militares a declaração imediata de emergência e a mobilização de todos os recursos para assegurar a segurança dos cidadãos do Paquistão", indicou o governo.

O epicentro do terremoto foi em Hindukush, região montanhosa escassamente povoada que faz parte da cordilheira do Himalaia e é compartilhada por Afeganistão e Paquistão.

Apesar da distância do sismo, os tremores foram sentidos até em Nova Délhi, capital da Índia.

Este terremoto é o de maior intensidade no sul da Ásia desde abril, quando um terremoto no Nepal de magnitude 7,8 deixou cerca de 9 mil mortos. (Com agências internacionais)