Autoridades da França já tinham medo da radicalização em aeroportos em 2004

Os serviços de inteligência franceses têm se preocupado com a radicalização de funcionários do aeroporto Charles de Gaulle, nos arredores de Paris, desde antes de 2004, segundo um documento confidencial do Ministério do Interior francês obtido pela emissora americana CNN.
A radicalização dentro de aeroportos causou novas preocupações depois que um avião de passageiros russo caiu na região do Sinai, no Egito. Algumas agências de inteligência acreditam que o jato russo foi derrubado por uma bomba colocada a bordo por um funcionário do aeroporto no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou o ataque e até divulgou o modelo da suposta bomba que teria derrubado a aeronave.
Uma fonte francesa que combate o terrorismo disse à CNN que o país monitora a radicalização islâmica nos funcionários de aeroportos e do transporte público do país há "alguns anos", e afirmou que "mais de uma centena de trabalhadores dos serviços de transporte público da companhia RATP foram para a Síria desde 2012".
O documento, que é de 2004, também mostra que havia "locais de oração ilegais nos aeroportos usados por vários funcionários muçulmanos" que naquela época "pertenciam a mesquitas que pregavam o Islã radical".
Muitos funcionários radicalizados se mostravam "abertamente anti-americanos" e tinham uma ficha S, que é um arquivo de inteligência usado para marcar e monitorar alguém que poderia ser uma ameaça à segurança nacional.
O documento também lista nomes de vários funcionários de aeroportos que podem ter se radicalizado após viagens para Arábia Saudita, Paquistão, Índia e Mali. Além disso, segundo a CNN, a ameaça poderia ser significante porque muitos eram trabalhadores temporários, o que dificulta o monitoramento.
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