Em carta suicida, terrorista belga reclamou de fuga constante
A Procuradoria belga revelou nesta quarta-feira (23) que investigadores encontraram uma carta suicida de um dos supostos terroristas de Bruxelas em que ele dizia que a polícia estava buscando por ele e que não queria acabar numa cela de prisão.
O procurador Frederik Van Leeuw afirmou em entrevista coletiva que a carta foi encontrada em um laptop, durante buscas relacionadas aos atentados de ontem na capital da Bélgica. No laptop havia ainda mensagens ligadas ao Estado Islâmico.
Segundo ele, a carta foi deixada por Ibrahim Bakraoui, apontado pelas autoridades belgas como o kamikaze que realizou o ataque no aeroporto de Zaventem, Seu irmão Khalid, por sua vez, foi o responsável pelo ataque no metrô de Maelbeek, informou a Procuradoria.
"Sempre fugindo, sem saber mais o que fazer, sempre procurado por todos os lados, não estando mais seguro e se me demoro mais me arrisco a ir parar numa cela", dizia a carta, segundo o procurador.
Na busca foram encontrados ainda 15 kg de explosivos, 150 litros de acetona, 30 litros de água oxigenada, detonadores, uma mala cheia de pregos e materiais usados para embalar explosivos.
A polícia belga busca ainda o principal suspeito de envolvimento nos ataques de ontem em Bruxelas, Najim Laachraoui, que está foragido. Ele é o homem que aparece de jaqueta clara e chapéu no aeroporto ao lado de dois kamikazes no aeroporto de Bruxelas.
Diversos sites e redes de televisão locais chegaram a informar que Laachraoui havia sido preso nesta quarta-feira no bairro de Anderlecht da capital belga, mas depois se retrataram.
Os atentados deixaram 31 mortos, mas esse número deve aumentar, segundo o procurador Frederic van Leeuw, porque o estado de muitos dos 271 feridos é crítico.
Segundo as primeiras informações, o belga é muito próximo de Salah Abdeslam, que havia participado dos ataques em Paris em novembro do ano passado e foi preso na Bélgica na semana passada.
Laachraoui também teria participado dos atentados de novembro, como o responsável por montar os explosivos carregados pelos suicidas.
De acordo com o jornal "Le Monde", Laachraoui visitou a Síria em fevereiro de 2013 e deu apoio logístico aos atentados de Paris, já que seu DNA foi encontrado no "material explosivo" em frente ao Stade de France e ao Bataclan - dois pontos de ataques. Além disso, suas digitais foram encontradas no apartamento onde a polícia belga prendeu Abdeslam. (Com agências internacionais)
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