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Trump e Hillary confirmam favoritismo nas primárias da Costa Leste

AFP - 4.abr.2016 e 16.fev.2016
Imagem: AFP - 4.abr.2016 e 16.fev.2016

Do UOL, em São Paulo

26/04/2016 21h10Atualizada em 27/04/2016 08h29

O pré-candidato republicano Donald Trump levou todas as primárias realizadas na Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (26). O magnata confirmou vitória em Connecticut, Maryland, Rhode Island, Delaware e Pensilvânia, Estado importante na corrida pela Casa Branca. Do lado democrata, a pré-candidata Hillary Clinton venceu Bernie Sanders em Maryland, Delaware e Pensilvânia. Sanders foi o vencedor em Rhode Island.

Com a vitória nos cinco Estados, Trump consegue um importante impulso para chegar aos 1.237 delegados necessários para declarar a vitória absoluta na convenção republicana em Cleveland.

Em seu discurso de vitória, a ex-secretária de Estado reforçou seu apelo para encerrar a disputa democrata pela nomeação. “Vamos voltar da Filadélfia com a maior quantidade de votos e de delegados. Vamos reunificar nosso partido para ganhar esta eleição”. "Nossa campanha quer restaurar a confiança das pessoas em nossa habilidade de resolver os problemas juntos", afirmou. Ela ainda saudou os eleitores de Sanders e seus apoiadores. "Ao apoiar o senador Sanders ou a mim, você nos une e não nos divide", ressaltou.

Hillary aproveitou ainda para alfinetar Donald Trump: "Imagine um amanhã em que em vez de construir muros, a gente derrube barreiras", disse em discurso. "Imagine um futuro em que o amor triunfe sobre o ódio", afirmou a ex-primeira-dama ao fazer um trocadilho com a palavra "trump", que significa trunfo, e o sobrenome de Trump.

A seis semanas do fim das primárias presidenciais americanas, Trump precisa mostrar que a incomum aliança de seus rivais, Ted Cruz e John Kasich, contra ele não surtiu o efeito esperado: impedir que ele alcance o número de delegados para assegurar a nomeação republicana.

Matematicamente será impossível para Hillary e Trump ultrapassar nesta terça-feira a maioria necessária de delegados para obter a indicação de seus partidos, mas o grande número de delegados em jogo deve aproximá-los de sua meta.

Para seus dois rivais de Trump, a única estratégia é deter a qualquer custo o magnata imobiliário antes que ele consiga o número de delegados, com o objetivo de provocar um cenário que não é visto desde 1976: uma convenção aberta, na qual os delegados deverão votar o número de vezes que for necessário até alcançar uma maioria absoluta.

Cruz e Kasich anunciaram no domingo um pacto de não-agressão que essencialmente permite que combatam um a um o magnata em três Estados que ainda realizarão primárias. Segundo o surpreendente acordo, Kasich não fará campanha em Indiana, que vota em 3 de maio, e Cruz devolverá o favor depois em Novo México e Oregon para tentar tirar as vitórias de Trump nestes Estados.

Vitória de Trump na Pensilvânia

O Estado da Pensilvânia tem o tipo de regulamento complexo que Trump vem criticando repetidamente por vê-lo como uma "armação", o que o obrigou a reformular sua equipe neste mês para competir melhor com seu principal rival, Ted Cruz, pelos 1.237 delegados necessários para ser o indicado republicano.

"É quase tão desonesto quanto Hillary Clinton", disse Trump na segunda-feira em um evento de campanha no distrito de West Chester, na Pensilvânia, repudiando tanto as regras das primárias de sua legenda quanto a pré-candidata democrata favorita nas pesquisas.

Só 17 dos 71 delegados republicanos em disputa na Pensilvânia nesta terça-feira são concedidos ao vencedor da eleição estadual. O resto –pessoas que são eleitas diretamente pelos eleitores– são agentes livres, que podem apoiar qualquer um que quiserem na Convenção Nacional Republicana em julho.

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