Obama transfere dez presos de Guantánamo, incluindo guarda-costas de Bin Laden
O Departamento de Defesa dos EUA divulgou nesta terça-feira (17) a lista de dez presos de Guantánamo transferidos antes de o presidente Barack Obama deixar o cargo. Entre eles está Mohammed Al-Ansi, um dos guarda-costas de Osama bin Laden e teria feito parte do grupo que planejou os atentados de 11 de Setembro.
No dia anterior, o Ministério de Relações Exteriores de Omã confirmou ter recebido no país 10 detidos da prisão militar americana. A nota afirma que eles viverão no sultanato "de forma provisória", e não revelou as identidades dos presos.
Obama não conseguiu cumprir sua promessa de fechar a prisão. Situada em uma base militar americana na ilha cubana, Guantánamo representa para muitos países de todo o mundo os excessos da luta antiterrorista empreendida pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001.
No entanto, Obama conseguiu reduzir consideravelmente o número de presos detidos ali. Quando chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009, havia 242. Com a transferência, restam 45 detidos em Guantánamo.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumirá o cargo nesta sexta-feira, já expressou sua oposição a qualquer nova transferência de detidos desta prisão militar a outros países.
Washington mantém boas relações com Omã, país que desempenhou com frequência um papel de mediador no Oriente Médio, especialmente entre as duas potências regionais rivais: Arábia Saudita e Irã. O sultanato também contribuiu para obter a libertação de reféns americanos detidos no Iêmen.
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