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Juiz determina que EUA permitam entrada de imigrantes afetados por decreto

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

02/02/2017 08h40

Um juiz federal dos Estados Unidos em Los Angeles determinou que o governo do presidente Donald Trump permita a entrada no país de imigrantes de sete países de maioria muçulmana que tenham liberação inicial para residência legal nos EUA, apesar de um decreto presidencial que proíbe o ingresso dessas pessoas em território norte-americano.

A decisão de terça-feira (31) do juiz Andre Birotte Jr. segue decisões de juizes federais em pelo menos outro quatro Estados que também limitaram o decreto presidencial de Trump, assinado na sexta-feira.

Em decisão liminar, Birotte ordenou que as autoridades norte-americanas parem de "remover, deter ou bloquear a entrada de demandantes ou qualquer outra pessoa... com um visto de imigrante válido" que chegue de um dos sete países vetados pelo decreto de Trump. Os países são Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Birotte acolheu uma petição da advogada de imigração Julie Goldberg e de seu sócio Daniel Covarrubias-Klein em nome de 28 iemenitas que ficaram retidos na nação africana do Djibuti em trânsito para os Estados Unidos, após a emissão do decreto.

Alguns deles têm dupla cidadania (iemenita-americana) e possuem "green card".

Entre os afetados, está uma família em que o pai, a mãe e uma filha já são cidadãos dos Estados Unidos e o outro filho, de três anos, que está tentando obter o visto, teve seu passaporte apreendido na embaixada americana no Djibuti.

Goldberg disse que 214 clientes iemenitas afetados pela ordem executiva de Trump estão retidos no Djibuti sem poder voltar a seu país em guerra.

De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, vistos de imigrantes são o primeiro passo para se tornar um residente permanente dentro da lei, ou seja, um portador do chamado green card.

A decisão de Birotte não se aplica a turistas, estudantes ou viajantes a negócios sem vistos de imigrantes.

O Departamento de Justiça norte-americano está revendo a ordem e não irá comentar, disse uma porta-voz da agência por e-mail. (Com as agências internacionais)