Suspensão de decreto pressiona imigrantes com visto a "correrem para os EUA"
Viajantes que possuem visto dos EUA e que são de um dos sete países (Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen) afetados pela proibição imposta pelo presidente Donald Trump estão correndo, novamente, para os aeroportos na esperança de entrar no país aproveitando a brecha aberta pela decisão temporária da Justiça norte-americana.
Neste domingo, o tribunal de apelações em San Francisco recusou o pedido do presidente Donald Trump para manter a ordem executiva que impede a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Por enquanto, a ordem está suspensa, e os funcionários federais disseram que irão acatar a decisão da Justiça.
No entanto, os advogados não estão se arriscando e estão orientando as pessoas que possuem visto para pegar o primeiro voo que puderem.
"Estamos dizendo para pegar um voo o mais rápido possível", diz Rula Aoun, diretor da Liga Árabe-Americana dos Direitos Civis (ACRL, na sigla em inglês), em Dearborn, Michigan. Seu grupo entrou com processo em Detroit afirmando que a ordem executiva de Trump seria inconstitucional.
Advogados também foram aos aeroportos para evitar que os recém-chegados pudessem ter problemas para entrar no país.
Renee Paradis estava no grupo de cerca de 20 advogados e intérpretes voluntários que se dirigiu ao Terminal 4 do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, para atender quem precisasse de ajuda, no sábado (3).
O grupo carregava placas escritas à mão em árabe e persa afirmando que eram advogados, que não eram do governo e que estavam lá para ajudar.
"Estamos apenas esperando para ver o que realmente acontece e quem consegue passar", disse Paradis.
O Departamento de Estado disse às agências de ajuda a refugiados que aqueles que tinham agendado viagem antes da ordem executiva ser assinada por Trump terão permissão de entrar nos EUA.
Um funcionário do Departamento de Estado disse em um e-mail obtido pela agência de notícias "Associated Press" que o governo está "focando nos refugiados que agendaram viagem até 17 de fevereiro"green card" (visto permanente). Na quarta-feira, a Casa Branca esclareceu que eles teriam a permissão para entrar e sair do país quando eles quiserem. (Com as agências internacionais)
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