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Câmeras de segurança mostram ataque a Kim Jong-nam no aeroporto

Imagem de câmera de segurança mostra Kim Jong-nam  - Fuji TV via AP - Fuji TV via AP
Imagem de câmera de segurança mostra Kim Jong-nam (de terno claro) falando com seguranças após ter sofrido ataque
Imagem: Fuji TV via AP

Do UOL, em São Paulo

20/02/2017 13h16

Imagens de câmera de segurança do aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, mostram o que seria o momento em que Kim Jong-nam, irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, é atacado, busca socorro e é atendido em um posto de saúde. Algumas cenas obtidas pela emissora japonesa Fuji TV e divulgadas nesta segunda-feira (20) estão granuladas e borradas, o que impede a identificação com precisão.

No vídeo, duas mulheres se aproximam de Kim Jong-nam de diferentes direções. Uma delas chega por trás e parece colocar algo na boca da vítima por alguns segundos. Em seguida, as mulheres deixam o local e caminham calmamente em diferentes direções.

Em outra cena obtida pela Fuji TV, Kim Jong-nam aparece caminhando em direção a funcionários do aeroporto e seguranças e gesticulando em volta de seus olhos, aparentemente pedindo por ajuda.

camera de segurança Kim Jong-nam - Fuji TV via Reuters - Fuji TV via Reuters
Mulher suspeita (círculo à direita) se afasta do local onde está Kim Jong-nam (círculo à esquerda) após o ataque
Imagem: Fuji TV via Reuters

Ele é visto sendo levado ao posto de saúde do aeroporto. Em outro momento, as câmeras flagram o que parece ser uma equipe médica cuidando de alguém no interior do posto.

A Fuji TV não revelou como adquiriu as imagens, que foram feitas de uma série de câmeras de segurança. As autoridades policiais não fizeram comentários sobre as imagens.

Kim Jong-nam morreu no dia 13 de fevereiro quando era levado ao hospital após ser supostamente envenenado por duas mulheres no terminal de desembarque internacional do aeroporto de Kuala Lumpur, onde ia pegar um voo de volta para Macau, onde morava em seu exílio voluntário.

A polícia da Malásia busca quatro norte-coreanos que deixaram o país no mesmo dia do ataque, já tendo detido um homem norte-coreano, uma mulher vietnamita e uma mulher indonésia, além de um homem da Malásia.

Ao menos três dos quatro norte-coreanos procurados pegaram um voo da Emirates de Jacarta para Dubai no dia do ataque, disse uma autoridade da imigração da Indonésia.

O jornal Star, da Malásia, relatou que todos os quatro voltaram à Coreia do Norte.

Crise diplomática

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse nesta segunda-feira (20) que a investigação de seu governo sobre o assassinato de Kim Jong Nam, meio irmão do líder da Coreia do Norte, será "imparcial", à medida que tensões aumentaram entre os países.

Anteriormente nesta segunda-feira, a Malásia disse ter chamado de volta seu enviado a Pyongyang e convocou o embaixador norte-coreano em Kuala Lumpur, que novamente colocou dúvidas sobre a imparcialidade da investigação da Malásia sobre o assassinato e disse que a vítima não é Kim Jong Nam.

"Não temos razão para fazer algo para prejudicar a imagem da Coreia do Norte, mas seremos imparciais", disse Najib a repórteres na capital da Malásia, Kuala Lumpur.

A Coreia do Norte tentou impedir a Malásia de conduzir uma autópsia, insistindo que o corpo fosse entregue. O enviado norte-coreano em Kuala Lumpur acusou autoridades de "atrasarem" a liberação do corpo.

"No momento, não podemos confiar na investigação da polícia da Malásia", disse o embaixador Kang Chol a repórteres após conversas no Ministério das Relações Exteriores.