Topo

Israel repassou informação que Trump compartilhou com russos, diz jornal

10.mai.2017 - O presidente dos EUA, Donald Trump, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e embaixador russo, Sergei Kislyak, conversam na Casa Branca, em Washington - Chancelaria da Rússia/AP
10.mai.2017 - O presidente dos EUA, Donald Trump, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e embaixador russo, Sergei Kislyak, conversam na Casa Branca, em Washington Imagem: Chancelaria da Rússia/AP

Do UOL, em São Paulo

16/05/2017 16h20

A informação secreta que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou com o governo da Rússia na semana passada foi fornecida por Israel, informou nesta terça-feira o jornal "The New York Times".

O jornal baseou sua informação em dados apresentados por funcionários e ex-funcionários acostumados com a forma com a qual os EUA obtêm esses tipos de relatórios.

Na quarta-feira passada, Trump se reuniu na Casa Branca com o ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, e compartilhou com ele informação relacionada com a possibilidade que o Estado Islâmico (EI) utilize laptops para realizar ataques terroristas em voos comerciais, segundo meios de comunicação americanos.

O governante admitiu hoje que compartilhou com a Rússia informação sobre o terrorismo islâmico, mas assegurou que tem "o direito absoluto" de fazer isso, sem qualquer confirmação oficial sobre de onde procedia a informação compartilhada.

Segundo o "NYT", a possibilidade que os EUA tenham compartilhado informação tão delicada com a Rússia pode prejudicar a relação entre Washington e Jerusalém.

O jornal lembrou que o Irã, um dos principais inimigos de Israel, é um dos aliados mais estreitos da Rússia no Oriente Médio.

Consultado pelo "NYT", o embaixador de Israel nos EUA, Ron Dermer, não confirmou que seu país tenha sido o que entregou a informação que Trump compartilhou com Lavrov, mas destacou a colaboração entre Estados Unidos e Israel.

"Israel confia plenamente em nossa relação com os Estados Unidos para compartilhar informação de inteligência e espera que essa relação se aprofunde nos próximos anos", acrescentou o diplomata.

As fontes do "NYT" disseram ainda que Israel já tinha pedido aos Estados Unidos que fossem cuidadosos com os dados de inteligência aos quais Trump tem acesso.