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Departamento de Estado dos EUA diz 'confiar' no Brasil

18.mai.2017 - Topo da edição online do jornal argentino "La Nación" - Reprodução
18.mai.2017 - Topo da edição online do jornal argentino "La Nación" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/05/2017 18h22Atualizada em 18/05/2017 18h58

O Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira (18), que o país tem "confiança" no contexto atual da crise que atinge o presidente da República do Brasil. "Nós estamos cientes das alegações e temos confiança nas instituições do Brasil", disse um porta-voz do órgão.

O presidente Michel Temer afirmou em pronunciamento nesta tarde que não renuncia ao cargo após ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República, em um desdobramento dos conteúdos apresentados pelos empresários Joesley Batista e Wesley Batista em acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro, por tentativa de obstrução das investigações na Operação Lava Jato.

Os jornais internacionais continuam a acompanhar os desdobramentos da crise em Brasília, e destacam as declarações do presidente Michel Temer que negou a acusação de que teria autorizado pagamentos para que Eduardo Cunha se calasse na Operação Lava Jato.

"O combalido presidente brasileiro Michel Temer diz que vai lutar contra as alegações de que tenha endossado o pagamento de propina para um ex-parlamentar preso por corrupção", diz o "New York Times". "Não renunciarei, não comprei o silêncio de ninguém", destaca o jornal argentino "La Nación", com uma galeria de fotos do peemedebista.

18.mai.2017 - Topo da edição online do jornal argentino "Clarín" - Reprodução - Reprodução
Topo da edição online do jornal argentino "Clarín"
Imagem: Reprodução

O portal online do "Clarín", também na Argentina, dá destaque à crise no Brasil. "Temer: Não renunciarei", diz manchete do site acompanhada de uma grande foto do presidente. Em uma análise da situação, especialistas afirmam que o acontecimento também é duro golpe para a Argentina.

Já o "Washington Post" não deu muito destaque para o caso, mas contextualiza a crise brasileira para seus leitores, afirmando que o governo brasileiro afundou em crise. Na França, o "Le Monde" também dá pouco destaque para o assunto, disponibilizando as notícias apenas na seção internacional.

Na Europa, o britânico "Financial Times" destaca em sua página principal o efeito da crise política nas ações brasileiras. O jornal "Guardian", também britânico, também deu destaque para a recusa de Temer em renunciar.

Também no Reino Unido, o site internacional da BBC aborda o impacto no mercado de ações, observando o tombo de mais de 10% das ações brasileiras que resultou no acionamento do circuit breaker na Bolsa de São Paulo. O Ibovespa fechou hoje em queda de 8,80%, aos 61.597,05 pontos.

O site do jornal "Público" português vem disparando durante toda a tarde o passo a passo da crise. A última frase disparada pela publicação aos seus assinantes informa: Brasil: "Não renunciarei", diz Temer. Anteriormente, o periódico vinha acompanhando as decisões de políticos e partidos que estão abandonando o apoio ao presidente.

O francês "Le Monde", cita que Temer está perto de perder o seu último apoio, o Congresso. Além de destacar a fala do presidente sobre não renunciar, o jornal cita trechos dos áudios de Temer com Joesley Batista. (Com Agência Estado)