Vídeo mostra momento em que atiradores abrem fogo no Parlamento iraniano
Câmeras de segurança flagraram o momento que três de quatro terroristas invadem o Parlamento iraniano e abrem fogo contra as pessoas, na quarta-feira (7). Um dos atiradores carrega uma pistola e outros dois levam rifles.
Homens-bomba e atiradores atacaram o Parlamento do Irã e o mausoléu do aiatolá Khomeini em Teerã na quarta-feira, e deixaram pelo menos 13 mortos em uma ação sem precedentes reivindicada pelo Estado Islâmico.
Os terroristas entraram no Parlamento pela entrada principal, segundo o vice-ministro do Interior, Mohammad Hossein Zolfaghari. Um deles detonou seu colete de bombas, acrescentou.
O ministro de Inteligência do Irã, Mahmoud Alavi, disse nesta quinta-feira (8) que os terroristas que cometeram os atentados de ontem em Teerã estiveram com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
"Estavam filiados a grupos wahhabistas e takfiristas (extremistas sunitas) e participaram dos crimes do Daesh (acrônimo em árabe de EI) em Mossul e Al Raqqa", afirmou Alavi em comunicado, em alusão às duas cidades redutos do EI nesses países.
O site do Ministério identificou com foto e nome, mas não sobrenome por questões de segurança, cinco dos terroristas, que saíram anteriormente do Irã para se juntar ao EI. Estes extremistas fugiram depois que a célula que integravam, liderada por Abu Ayeshe, foi desfeita pelos órgãos de segurança do Irã.
O ministro indicou que os atentados de ontem não foram o primeiro planejado pelos terroristas e que as autoridades conseguiram frustrar nos últimos dois anos cerca de 100 tentativas.
"Quase toda semana identificamos e prendemos duas ou três pessoas", disse.
Alavi afirmou que o Irã não duvida do apoio "da Arábia Saudita aos movimentos terroristas no mundo" e que "a pegada" desse país na Síria e no Iraque é "clara", mas disse que ainda é "cedo" para julgar se os sauditas tiveram algum envolvimento nos atentados de Teerã.
Reação "repugnante" de Trump
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, classificou nesta quinta-feira (8) de "repugnante" a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o próprio Irã propiciou os atentados de quarta-feira (7), em Teerã, ao patrocinar o terrorismo.
"É repugnante a declaração da Casa Branca e sanções do Senado enquanto os iranianos combatem o terrorismo apoiado pelos clientes dos EUA", escreveu Zarif, na sua conta oficial do Twitter.
O chefe da diplomacia iraniana insistiu que aliados de Washington, como a Arábia Saudita, país com o qual Trump assinou recentemente um milionário acordo militar, são os verdadeiros patrocinadores do terrorismo.
"Os déspotas que patrocinam o terrorismo ameaçam levar a luta para o nosso país", afirmou Zarif.
Donald Trump lamentou os atentados, mas ressaltou que os países que "patrocinam o terrorismo se arriscam a virar vítimas do próprio mal que promovem".
Os EUA acusam o Irã de patrocinar o terrorismo, através de seu apoio ao grupo xiita libanês Hizbollah, a milícias palestinas em Gaza, os rebeldes houthis do Iêmen e as milícias que lutam na Síria ao lado do regime de Bashar al-Assad.
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