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Chega a 61 número de mortos em incêndio em Portugal

Do UOL, em São Paulo

18/06/2017 04h44Atualizada em 18/06/2017 14h08

O número de mortos no incêndio no centro de Portugal chegou a 61, segundo primeiro-ministro português Antonio Costa. Ele acrescentou que o número de mortos deve aumentar nas próximas horas. Anteriormente o secretário de Estado de Administração Interna do governo português, Jorge Gomes, havia afirmado que eram 62 mortos. Pelo menos 54 pessoas ficaram feridas.

"Enfrentamos uma terrível tragédia", informou o primeiro-ministro português, Antônio Costa, na sede da Defesa Civil em Lisboa.

"Lamentavelmente, é sem dúvida a maior tragédia dos últimos anos em relação a incêndios florestais", declarou o primeiro-ministro.

"O número total de vítimas ainda não foi determinado. A prioridade é combater o incêndio que permanece e entender o que ocorreu", declarou Antônio Costa.

Segundo Jorge Gomes, 30 vítimas foram encontradas em carros na estrada, 17 foram encontradas na estrada, fora dos carros ou à beira da via. Onze pessoas foram encontradas mortas em ambiente rural. Duas mortes se referem a acidente na estrada.

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou à agência Lusa que o incêndio teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, viajou à zona atingida para prestar suas condolências às famílias das vítimas, e "compartilha sua dor, em nome de todos os portugueses".

Marcelo Rebelo de Sousa destacou o trabalho dos bombeiros, "que fazem o máximo possível" diante das difíceis condições.

Pelo Twitter, o presidente da Comissão Europeia,Jean-Claude Juncker, manifestou suas condolências às vítimas

 

7500 bombeiros

O incêndio começou por volta das 15h local (11h em Brasília), na localidade de Pedrogão Grande,no distrito de Leiria, que decretou estado de emergência. Distante 200 km de Lisboa, a localidade tem cerca de 4.000 habitantes.

Ao menos 700 bombeiros e 220 veículos foram mobilizados para apagar as chamas, que segundo o secretário do Interior se propagaram "com muita violência" e "de maneira inexplicável", avançando em quatro frentes.

O incêndio atingiu vários povoados, o que dificulta no momento uma avaliação sobre o total dos danos.

Este sábado, um forte calor atingiu Portugal, com temperaturas que superaram os 40 graus em várias regiões.

Relativamente poupado nos anos de 2014 e 2015, Portugal foi duramente atingido no ano passado pelos incêndios florestais, que devastaram mais de 100 mil hectares em seu território continental.

(Com agências internacionais)