Polícia divulga as primeiras imagens do interior do prédio incendiado em Londres
A polícia britânica divulgou neste domingo (18) as primeiras imagens do interior do edifício residencial incendiado em Londres na quarta-feira. No vídeo, é possível ver os escombros dentro do prédio destruído pelas chamas. Ao exibir publicamente as primeiras fotografias e vídeos do local, o comandante da polícia britânica, Stuart Cundy, voltou a dizer que é possível que muitas das vítimas jamais sejam identificadas por conta da intensidade das chamas.
As imagens são de apartamentos em que todos os moradores já foram localizados e identificados. É possível ver que não sobrou praticamente nada dentro das residências. Até agora, a polícia afirma que 58 pessoas são consideradas desaparecidas e são dadas como mortas, já que as chances de encontrar algum sobrevivente dentro do prédio são inexistentes. Caso a cifra seja confirmada, este seria o incêndio com maior número de mortos em Londres desde a Segunda Guerra.
Cerca de 600 pessoas viviam no edifício de 120 apartamentos. "Os 30 mortos que anunciei na quinta é o número de pessoas que eu sei que, infelizmente, morreram. Então, esses 58 incluiriam estes 30", acrescentou o policial.
Segundo o ministro da Economia do Reino Unido, Philip Hammond, o revestimento do edifício era feito com um material proibido no Reino Unido. O prédio pegou fogo com rapidez porque, aparentemente, contava em sua composição com um material que continha polietileno, segundo a imprensa local.
"Entendo que o revestimento em questão, este revestimento inflamável que está proibido na Europa e nos Estados Unidos, está proibido também aqui", disse o ministro conservador em entrevista à rede de televisão BBC.
Hammond indicou que a investigação sobre a tragédia deverá determinar se as regulamentações locais foram desrespeitadas quando se colocou o revestimento. "Aqui há dois assuntos separados. Os nossos regulamentos são corretos e permitem os materiais adequados? São proibidos os materiais incorretos?", questionou Hammond.
Após se reunir com vítimas e voluntários, a primeira-ministra britânica, Theresa May, determinou o envio de funcionários da Câmara Municipal de Kensington e Chelsea, distrito onde o prédio fica localizado, para ajudar sobreviventes, em sua maioria pessoas com poucos recursos e que viviam em apartamentos com auxílio do governo.
Moradores da região criticaram o governo pela falta de respostas concretas aos moradores do prédio que ficaram desabrigados e que são atendidos no bairro por centenas de voluntários graças a doações recebidas da população. (Com agências internacionais)
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