Mesquita histórica é destruída em meio a batalha por Mosul
Forças iraquianas afirmaram que o Estado Islâmico explodiu nesta quarta-feira (21) a histórica mesquita de Al-Nouri, em meio aos combates pela tomada de controle da cidade de Mosul. O grupo culpou um ataque aéreo americano pela destruição.
Foi na Grande Mesquita de Mosul que o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou seu "califado" em 2014, em uma rara aparição pública. O icônico minarete inclinado de Hadba, adjacente à mesquita, também foi destruído. As construções são originalmente do século 12.
A mesquita é vista como um prêmio simbólico na luta pelo controle da segunda maior cidade iraquiana.
Numa mensagem publicada na agência de notícias Amaq, ligada ao grupo extremista, após o anúncio do ministério iraquiano, o EI acusou à coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, de destruir a mesquita num bombardeio. A coalizão nega a acusação e afirma que não realizou ataques aéreos na região no momento da destruição.
Horas antes da destruição, as forças iraquianas anunciaram que estavam prontas para invadir a mesquita.
"Nossas forças estavam avançando [...] na Cidade Velha quando, após terem chegado a 50 metros da mesquita Al Nuri, o Daesh [acrônimo em árabe do EI] cometeu um novo crime histórico, ao fazer explodir a mesquita de Al Nuri e a 'hadba'", declarou o general Abdulamir Yarallah em um comunicado.
Segundo a ONU, o EI poderia estar usando mais de 100 mil pessoas como escudos humanos na região.
O EI tomou controle da cidade iraquiana em junho de 2014. Em outubro de 2016, uma coalizão formada por forças iraquianas e curdas e amparadas pelos EUA teve início.
O governo do Iraque chegou a anunciar a liberação de Mosul em janeiro de 2017, mas a operação persiste até hoje. (Com agências internacionais)
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