Disputas sobre locais sagrados em Jerusalém deixam 6 mortos; Abbas congela relações com Israel
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, anunciou nesta sexta-feira (21) o congelamento dos contatos com Israel "em todos os níveis" diante do aumento das tensões em torno da disputa sobre o acesso a locais sagrados muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém.
Confrontos deixaram seis mortos nesta sexta. Entre os mortos estão três israelenses esfaqueados por palestinos na Cisjordânia e três palestinos mortos pelas forças de segurança israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia. Cinco soldados israelenses e cerca de 500 palestinos ficaram feridos.
As tensões tiveram início na sexta-feira passada, quando três árabes israelenses mataram dois soldados israelenses próximo ao local conhecido pelos muçulmanos como e pelos judeus como Monte do Templo. Os árabes israelenses foram mortos em seguida.
Em reação, o governo de Israel adotou uma série de medidas de segurança, entre elas a proibição de que homens abaixo dos 50 anos entrem no território sagrado da cidade, onde está a Cúpula da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, um dos locais mais importantes para os muçulmanos, e a instalação de detectores de metal na Esplanada das Mesquitas.
De acordo com autoridades israelenses, 3 mil oficiais estão mobilizados para garantir a ordem na Cidade Velha de Jerusalém, onde ficam os marcos sagrados.
O governo de Israel avisou que não volta atrás e que manterá os detectores de metais nos locais sagrados. As autoridades argumentam que elas são essenciais para segurança do local, ajudando a evitar que se entre armado na Esplanada. Os muçulmanos consideram isso uma ofensa contra sua soberania, que permite que eles controlem o local. (Com agências internacionais)
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