Controversa Assembleia Constituinte de Maduro toma posse na Venezuela
Acusada de ter sido eleita num pleito fraudado, tomou posse nesta sexta-feira (4) a Assembleia Constituinte da Venezuela.
O ato ocorreu em meio a um forte clima de tensão com opositores e parte da população, que é contrária à manobra do presidente Nicolás Maduro de escrever uma nova Carta Magna para o país. A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) fechou os acessos ao Parlamento desde as primeiras horas da manhã para evitar confrontos.
No ato, a ex-chanceler Delcy Rodríguez foi eleita presidente da Constituinte.
"Juro por nossa Constituição mãe, juro defender a pátria de qualquer agressão ou ameaça", afirmou Rodríguez, 48, ao tomar posse com uma bandeira venezuelana e a Carta Magna na mão.
No mesmo discurso ela afirmou que o "povo venezuelano não quer guerra e sim a paz" e não vai entregar o poder para uma "minoria violenta". Disse ainda que nenhum outro país deve intervir no país.
"À comunidade internacional, não se enganem com a Venezuela. A mensagem é clara, bem clara: nós, venezuelanos, resolvemos nosso conflito, nossa crise, sem nenhum tipo de interferência estrangeira, sem nenhum tipo de mandato imperial", assegurou, em seu discurso de posse, no Palácio Legislativo.
Diversos militantes pró-governo Maduro ficaram em volta do Parlamento enquanto o ato acontecia e levaram quadros com as figuras do "heróis" venezuelanos, Hugo Chávez e Simón Bolívar, enquanto manifestantes opositores marcham em diversas ruas do país.
Mais cedo, o Vaticano soltou um comunicado pedindo para que Maduro suspendesse a Assembleia Constituinte e fez um apelo às forças de segurança para que evitassem usar a força excessiva ao lidar com os protestos da oposição.
Iniciativas em curso, inclusive a eleição da Assembleia Constituinte, "criam um clima de tensão e conflito e não levam em conta o futuro", disse o Secretariado de Estado da Santa Sé em comunicado, pedindo que as mudanças sejam evitadas ou suspensas.
Após manifestar sua preocupação com a "radicalização e o agravamento" da crise na Venezuela, a Santa Sé pediu "a todos os atores políticos e, em particular, o governo" que respeitem os direitos Humanos e as liberdades fundamentais. (Com agências internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.