Topo

Chega a 11 o número de mortos em passagem do furacão Irma

Do UOL, em São Paulo

07/09/2017 06h41

Já são 11 os mortos em decorrência da passagem do furacão Irma. Segundo informações do jornal "El Pais" e do "New York Times", oito pessoas morreram na ilha de São Martinho (também chamada de San Martin), uma em São Bartolomeu, uma em Barbuda e outra em Porto Rico. Em São Martinho, há o registro de pelo menos 21 feridos.

Na manhã desta quinta, as autoridades afirmam que os números devem crescer assim que a comunicação com esses locais for restabelecida após a passagem do furacão.

Em Barbuda, onde uma pessoa morreu, a situação é caótica. Autoridades disseram nesta quarta-feira (6) que até 90% da ilha teve suas construções destruídas ou danificadas. As ilhas de Antigua e Barbuda foram uma das primeiras no Caribe a serem atingidas pelo fenômeno.

"Barbuda está literalmente em escombros", disse o primeiro-ministro Gaston Browne para uma rede local. Segundo ele, o Irma danificou severamente grande parte das residências de Barbuda. Pelo menos 1.800 pessoas vivem na ilha, que está sem água ou serviços telefônicos. Segundo ele, um bebê morreu no local.

Charles Fernandez, ministro de Relações Exteriores de Antigua e Barbuda, afirmou que a destruição deve passar dos 90% na ilha.

O olho de Irma, de quase 50 km de diâmetro, permaneceu por cerca de uma hora e meia sobre a ilha francesa de São Bartolomeu, para depois se deslocar a São Martinho, que está dividida entre uma zona francesa e outra holandesa.

image

Ilhas turísticas devastadas

O número de vítimas pode aumentar, já que, devido aos fortes ventos, muitas áreas ainda precisam ser vistoriadas, como ocorre em São Martinho, segundo informam autoridades. Na ilha, o Aeroporto Internacional Princesa Juliana, o terceiro com maior número de passageiros do Caribe, foi devastado durante a passagem do furacão.

Meios de comunicação regionais relataram os graves danos sofridos pela infraestrutura, com pontes de embarque destroçadas e uma pista inutilizada pelo acúmulo de detritos, areia e água. As comunicações estão interrompidas em grande parte desse território caribenho e ainda não começaram os trabalhos de reconstrução dos danos, que ainda precisam ser quantificados.

"Teremos que lamentar vítimas", disse o presidente francês, Emmanuel Macron. Segundo ele, cabe esperar um "balanço duro e cruel" na ilha franco-holandesa de São Martinho e na francesa de são Bartolomeu. "É cedo demais para dar um balanço preciso", afirmou Macron após visitar a célula de crise, montada no ministério do Interior. "Os danos materiais nas duas ilhas são consideráveis", acrescentou. Segundo Macron, um "plano de reconstrução será implantado o mais cedo possível" nas duas ilhas.

Rua após passagem do furacão Irma pela cidade de Gustávia, capital de São Bartolomeu (território francês), no Caribe - Kevin Barrallon/Facebook/AFP Photo - Kevin Barrallon/Facebook/AFP Photo
Rua após passagem do furacão Irma pela cidade de Gustávia, capital de São Bartolomeu (território francês), no Caribe
Imagem: Kevin Barrallon/Facebook/AFP Photo

Na vizinha São Bartolomeu, os bombeiros tiveram que se proteger no primeiro andar de sua própria sede porque a inundação ficou acima de um metro. As informações até o momento são de que muitas casas foram danificadas, com telhados arrancados. Há também um blecaute geral por causa do colapso do sistema elétrico.

Cerca de um milhão de pessoas estão sem energia elétrica em Porto Rico.

Chega aos EUA no fim de semana

O Irma, com ventos máximos sustentados de 300 km/h, deve chegar à Flórida, no sábado ou domingo, tornando-se o segundo grande furacão a atingir território dos EUA em duas semanas. O furacão Harvey matou cerca de 60 pessoas e causou até US$ 180 bilhões em danos após atingir o Texas no final do mês passado. Irma ainda ameaça República Dominicana, Haiti e Cuba, que já começa a evacuar seus turistas.

Dois outros furacões se formaram na quarta-feira. Katia no Golfo do México não representava uma ameaça aos Estados Unidos, de acordo com os analistas norte-americanos. Mas o furacão José, no Atlântico, cerca de 1.600 km a leste das Pequenas Antilhas, pode eventualmente ameaçar o continente dos EUA.