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México diz que não há menina viva sob escombros de escola; sobrevivente seria um adulto

Do UOL, em São Paulo

21/09/2017 17h07Atualizada em 21/09/2017 18h49

Dois dias depois da busca desesperada por uma menina de 12 anos que estaria viva sob os escombros de uma escola que desabou durante o terremoto na Cidade do México, a Marina do país, que auxilia nos trabalhos de resgate, assegurou que não há nenhuma criança viva no local. Eles acreditam, entretanto, que um adulto ainda pode estar vivo.

Segundo o subsecretário da Marinha, Ángel Enrique Sarmiento, os registros mostram que as crianças da escola morreram, foram levadas para hospitais da região ou estão em suas casas. Ele afirmou que 25 pessoas morreram no colégio Enrique Rébsamen --19 crianças e seis adultos-- e foram retiradas 11 pessoas com vida. Até agora, o saldo de mortos na tragédia nos quatro Estados atingidos é de mais de 270 mortos.

Identificada como Frida Sofia, ela mexeu os dedos quando perguntada pelos bombeiros sobre sua condição, na quarta-feira. Desde então, as equipes de resgate trabalham sem descanso para tentar retirá-la.

Além do suspense em torno do resgate, o nome Frida Sofia não consta na lista de alunos do colégio. Por isso, a imprensa mexicana acredita que seja uma estratégia das equipes de socorro para manter contato com a sobrevivente. Os pais da menina também não apareceram até agora. Ela conseguiu falar com os bombeiros e pediu água, e relatou que há dois corpos ao seu lado, mas não sabe dizer se estão mortos.

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Sarmiento indicou que a pessoa viva sob os escombros pode ser um adulto, possivelmente algum funcionário da escola. "Há rastros de sangue e fotografias que mostram como se alguém tivesse se arrastado e provavelmente foi uma pessoa que está viva"., afirmou.

As buscas na escola seguem. Microfones são introduzidos em meio aos escombros para tentar captar qualquer ruído, e trabalhadores começaram a usar um dispositivo conhecido como "detector de vida", que permite identificar sons que estão em diferentes distâncias e profundidades, além de ampliar qualquer movimento detectado sob a terra. Durante todo o resgate, os trabalhadores pedem silêncio para tentar ouvir qualquer som.

Na manhã desta quinta, autoridades confirmaram que especialistas em desastres naturais de Japão, EUA e Israel chegaram ao México para ajudar. 

Lourdes Prieto, mãe de uma aluna da escola, afirmou que não existe uma lista dos alunos que conseguiram escapar e dos que ficaram presos dentro do prédio. "Precisamos de um censo diznedo que está vivo, porque não temos isso", disse. Segundo ela, os pais de alunos estão se organizando para criar esta lista de forma não oficial, já que os funcionários da escola ficaram feridos. Acredita-se que a escola tinha 400 alunos matriculados, com idades entre três e 15 anos. (Com agências internacionais)