Topo

Seul não deseja colapso da Coreia do Norte, diz presidente sul-coreano

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, discursa na Assembleia Geral da ONU - REUTERS/Lucas Jackson
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, discursa na Assembleia Geral da ONU Imagem: REUTERS/Lucas Jackson

Do UOL, em São Paulo

21/09/2017 11h43

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu nesta quinta-feira que seu país não busca o colapso da Coreia do Norte. Segundo ele, a crise nuclear envolvendo o regime de Kim Jong-un precisa ser tratada de forma estável, para que a paz não seja destruída.

Moon disse na Assembleia Geral da ONU que sanções são necessárias para levar Pyongyang à mesa de negociação e para forçar o regime a abandonar suas armas nucleares, mas que Seul não está buscando a queda da Coreia do Norte e que a comunidade internacional está pronta para ajudar o país se ele ficar do lado certo da história.

"Não desejamos o colapso da Coreia do Norte. Não buscamos uma reunificação por absorção ou por meios artificiais", declarou Moon ante a ONU, em um apelo para diminuir a tensão na península.

Por isso, pediu ao governo de Pyongyang que "abandone suas políticas hostis em relação a outros países e deixe de lado seu programa de armas nucleares de forma verificável e irreversível".

"Esta guerra tem que terminar de forma definitiva. A guerra da Coreia, uma guerra que começou como um resultado da Guerra Fria, continua até o dia hoje", recordou Moon, que se apresentou como o presidente "do único país dividido do mundo".

Moon disse que todos os países precisam aderir rigorosamente às sanções da ONU contra a Coreia do Norte e impor medidas mais rígidas em caso de novas provocações de Pyongyang.

Mais cedo, a Coreia do Sul aprovou um plano de envio de ajuda à Coreia do Norte, no valor de US$ 8 milhões. O Ministério da Unificação sul-coreano disse que sua política de assistência não foi afetada pelas tensões geopolíticas com o vizinho.

Seul disse que pretende enviar US$ 4,5 milhões em produtos nutricionais para crianças e gestantes por meio do Programa Mundial de Alimentos e US$ 3,5 milhões em vacinas e tratamentos médicos por meio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês). 

"Temos dito constantemente que forneceríamos ajuda humanitária à Coreia do Norte levando em consideração as condições ruins das crianças e gestantes, à parte das questões políticas", disse o ministro da Unificação, Cho Myong-gyon. (Com agências internacionais)