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Homem morre ao contrair bactéria comedora de carne após passagem de furacão nos EUA

Zurita contraiu bactéria comedora de carne quando auxiliava na reconstrução de casas - Reprodução/Facebook
Zurita contraiu bactéria comedora de carne quando auxiliava na reconstrução de casas Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

25/10/2017 11h34

Mesmo após dois meses de sua passagem pelo estado norte-americano do Texas, onde destruiu diversas casas e causou muitos prejuízos, o furacão Harvey segue gerando notícias tristes. Josue Zurita, 31, morreu após contrair uma bactéria comedora de carne enquanto auxiliava na reconstrução de casas no local onde vivia.

A informação foi confirmada na última segunda-feira (23) pelo Departamento de Saúde do Condado de Galveston. Segundo informações da CNN, Zurita estava internado desde o último dia 10, quando apresentou uma forte infecção no braço esquerdo e foi diagnosticado com a bactéria, conhecida como fasciíte necrosante ou comedora de carne. 

A fasciite necrosante é uma infecção bacteriana grave, que come rapidamente todos os tecidos moles do corpo.

Nancy Reed morreu por conta de bactéria comedora de carne após passagem do furacão Harvey nos Estados Unidos - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Em setembro, Nancy Reed morreu por conta de bactéria comedora de carne após furacão
Imagem: Arquivo Pessoal

Esta é a segunda morte causada pela mesma bactéria após a passagem do furacão Harvey. Em setembro, Nancy Reed, de 77 anos, moradora da cidade de Houston, no estado do Texas, também acabou morrendo após contrair a grave infecção.

Um homem chamado JR Atkins também contraiu a bactéria no Texas, mas conseguiu sobreviver. Ele andou de caiaque após a inundação causada pela tormenta.

“Ficamos surpresos em ver três casos da doença na região, mas, dada a exposição que as pessoas tiveram aos problemas causados pelo furacão, isso se torna mais comum. Infelizmente, é bem dentro do que esperamos esses números”, afirmou o doutor Philip Keiser, responsável pelo Departamento de Saúde do Condado de Galveston.

Apesar da alta incidência na região atingida pelo furacão, Keiser afirmou que infecções causadas por este tipo de bactéria são muito raras. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, os Estados Unidos tiveram cerca de 700 casos da doença desde 2010.

Entretanto, para evitar que as infecções se tornem mortais, Keiser aconselha que as pessoas redobrem a atenção quando estiverem em locais de risco, principalmente se sofrerem qualquer tipo de lesão.

“Elas precisam ser tratadas o mais rápido possível. Então, além de manter o local limpo, para evitar que a bactéria possa se alojar, as pessoas devem buscar ajuda médica. Infelizmente, este é um tipo de infecção que se alastra muito rapidamente. Portanto, quanto mais cedo o auxílio for procurado, maiores serão as chances de sobrevivência”, finalizou o médico.