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EUA estão preparados para usar toda a capacidade militar contra Coreia do Norte, diz Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump (esq.), cumprimenta o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante entrevista coletiva realizada em Seul - Jiom Watson/ AFP
O presidente dos EUA, Donald Trump (esq.), cumprimenta o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante entrevista coletiva realizada em Seul Imagem: Jiom Watson/ AFP

Do UOL, em São Paulo

07/11/2017 08h27

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (7), durante entrevista coletiva em Seul, na Coreia do Sul, que seu país está preparado para utilizar "todas as suas capacidades militares contra a Coreia do Norte, se for necessário".

"Estamos preparados para utilizar a totalidade das nossas imbatíveis capacidades militares se for necessário", afirmou Trump, completando em seguida que espera que "nunca tenham que ser utilizadas".

Por outro lado, Trump também afirmou que vê "certos movimentos" para um possível diálogo com a Coreia do Norte, depois que seu governo decidiu endurecer o tom com o regime liderado por Kim Jong-un.

"Estamos mostrando uma posição muito forte, e acho que eles entendem que temos um poder militar incomparável", disse Trump.

"Nós acreditamos que faria sentido para a Coreia do Norte que decidissem sentar-se à mesa de negociações e fazer um acordo. É verdade que vejo certo movimento, sim, veremos aonde conduz", afirmou Trump, ao lado do presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Trump também pediu para que toda comunidade internacional "incluindo China e Rússia" trabalhe em conjunto para solucionar a questão da Coreia do Norte "e conseguir que abandone seu programa nuclear".

A Coreia do Norte representa uma "ameaça mundial que exige uma resposta mundial", afirmou Trump, que elogiou o papel "muito útil" do presidente chinês Xi Jinping nesta crise. "Esperamos que, da mesma maneira, a Rússia seja útil", completou Trump, antes de reiterar que "se for necessário" recorrerá à opção militar contra a Coreia do Norte.

Antes desse pronunciamento, Trump disse nesta terça-feira ao visitar uma base americana na Coreia do Sul que "tudo será consertado" a respeito do desafio colocado pela Coreia do Norte, assunto que marca boa parte da agenda em sua passagem pela Ásia.

"Vamos tratar com os principais generais sobre a situação na Coreia do Norte. Em última instância, tudo será consertado. Sempre se conserta. Tem que se ajeitar", disse Trump, em Camp Humphreys, onde foi almoçar com as tropas americanas, logo após aterrissar na próxima Base Aérea de Osan.

Quem participou do almoço de surpresa foi o presidente sul-coreano Moon Jae-in, num gesto que procura mostrar a solidez da união Seul-Washington contra Pyongyang, que se mantém tecnicamente em guerra com os dois aliados há quase 70 anos.

Após o almoço, Trump viajou de helicóptero para Seul e em seguida foi conduzido por um comboio até a Casa Azul (residência presidencial), onde foi recebido com honras de chefe de Estado antes da reunião com Moon.

O deslocamento do comboio do presidente Trump por Seul esteve rodeado por um forte esquema de segurança com o objetivo de controlar as manifestações a favor e contra sua visita, com cercas dos dois lados da Avenida Sejong.

Os integrantes destas manifestações discordam principalmente sobre a atitude beligerante que Trump adotou contra a Coreia do Norte e que ao lado dos seguidos testes de armas do regime de Kim Jong-un aumentaram a tensão para níveis não vistos desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953). (Com as agências de notícias)