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Marinha argentina divulga imagens das buscas por submarino desaparecido

Do UOL, em São Paulo

20/11/2017 17h27

A Marinha argentina divulgou imagens dos trabalhos de busca pelo submarino que desapareceu na quarta-feira no Oceano Atlântico. Nos vídeos, é possível ver o tamanho das ondas enfrentadas pelas embarcações durante tempestades, o que dificulta o rastreamento do ARA San Juan.

Segundo a Armada argentina, um forte temporal provoca ondas de até seis metros de altura. Tempestades no Atlântico Sul prejudicam os esforços de mais de uma dezena de embarcações e aeronaves da Argentina, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Chile que participam das buscas.

A Marinha argentina revelou também nesta segunda que as chamadas de satélite captadas no fim de semana, ao contrário do que se pensava, não são do submarino ARA San Juan. Segundo a rede CNN, a Marinha americana teria detectado barulhos que poderiam ser um sinal de socorro da tripulação.

Tripulações de submarinos em perigo costumam bater no casco da embarcação para alertar navios que passam para a sua localização. Segundo a CNN, o sistema de radares de dois barcos teriam reconhecido barulhos semelhantes a isso --não há ainda qualquer confirmação oficial sobre isso.

Segundo o jornal "Clarín", a cada hora diminuem as chances de sobrevivência dos 44 tripulantes do submarino. O melhor cenário, sem retornar para a superfície para renovar o ar, é de sete dias de autonomia --o submarino está desaparecido há cinco dias.

De acordo com Gabriel Galeazzi, porta-voz da Marinha em Mar del Plata, a embarcação veio à superfície na quarta-feira e relatou um "princípio de avaria" nas baterias. Mas não há nada, deixou claro, que permita relacionar o problema técnico ao desparecimento da embarcação.

O submarino de fabricação alemã fazia o trajeto entre Ushuaia e a Base Naval de Mar del Plata. 

O San Juan é um dos três submarinos da frota argentina. Lançada em 1983, a embarcação foi produzida pelo antigo estaleiro alemão Thyssen Nordseewerke e tem 65 metros de comprimento e sete metros de largura. Entre 2007 e 2014, passou por reformas que prolongaram seu uso por mais 30 anos. (Com agências internacionais)