Ex-participante de reality show apresentado por Trump deixa cargo na Casa Branca
Omarosa Manigault Newman, que participou do reality show "O Aprendiz" em 2004 e foi integrante ativa da equipe de Donald Trump durante a campanha eleitoral de 2016, deixará o cargo de diretora de comunicações do escritório de Relações Públicas da Casa Branca no próximo dia 20 de janeiro.
Omarosa, rosto conhecido dos reality shows americanos e uma das apoiadoras negras mais proeminentes de Trump, "apresentou sua renúncia para buscar outras oportunidades", disse a porta-voz presidencial Sarah Huckabee Sanders.
Pelo Twitter, Trump agradeceu pelo trabalho e desejou sucesso à ex-assessora.
A saída de Omarosa faz parte de uma rodada de substituições na Casa Branca após o primeiro ano da presidência de Trump. Na semana passada, quem saiu foi a assessora presidencial para o Oriente Médio, Dina Powell.
Segundo a agência Associated Press e o jornal "New York Times", Omarosa não era bem vista pelo chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, e por outras figuras do alto escalão do governo Trump, como o genro do presidente, Jared Kushner. Reince Priebus, chefe de gabinete que antecedeu Kelly, também não gostava da presença da assessora, segundo o "NYT".
Omarosa, no entanto, contava com o apoio de Trump. Em 2004, ela ganhou fama como 'vilã' na primeira temporada d'O Aprendiz, comandado pelo empresário e apresentador. Ela voltaria a participar de outras versões do reality show.
Nos 12 anos com Trump, o programa ajudou a popularizar ainda mais a figura do magnata e impulsionou sua campanha para ganhar a eleição presidencial.
Depois de apoiar o republicano em 2016, Omarosa participou do comitê executivo de transição presidencial. Na Casa Branca, ela chegou a ter acesso direto ao escritório do presidente, situação que foi cortada por John Kelly, de acordo com a imprensa. Omarosa também enviava artigos diretamente a Trump, para desaprovação do chefe de gabinete da Casa Branca.
Com um salário anual de US$ 180 mil, ela dirigia o comitê responsável por fazer contato com políticos e governos locais, mas seu trabalho no escritório também não agradava o alto escalão da Casa Branca, segundo a AP.
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