"Países de merda" aproveitam insulto de Trump para promover o turismo local
A primeira reação de África sobre a declaração grosseira do presidente dos EUA, Donald Trump, foi de indignação. Agora, alguns governos e agências de turismo estão aproveitando a expressão "países de merda" para muitas atrações do continente.
Trump referiu-se aos países desta forma vulgar durante uma reunião sobre imigração em Washington, de acordo com vários participantes. O presidente nega ter usado esse termo.
A agência privada de turismo Gondwana Collection, da Namíbia, fez um vídeo que promove a vida selvagem e as belezas naturais da África do Sul. O narrador, que imita a voz de Trump, repete a ofensa, convidando os turistas para o "País de merda número 1 na África". O vídeo também relembra uma gafe de Trump em uma reunião com governantes africanos, quando ele falou sobre um país chamado "Nambia", que não existe --e não Namíbia.
"Você pode combater algo negativo com o negativo, ou você pode responder com uma abordagem irônica", disse o gerente da Gondwana Collection, Gys Joubert, à Associated Press. "Nós gostamos do aspecto divertido da vida. Estamos felizes por ter criado alguns sorrisos ao redor do mundo".
Uma página do Facebook que promove o turismo na Zâmbia inclui a imagem de um veículo em um ambiente selvagem e uma frase que dá boas-vindas aos visitantes do "**** de merda Zâmbia". "Onde vistas maravilhosas e a vida selvagem incrível são o nosso trunfo", diz o texto que acompanha a frase. A página diz que não representa as opiniões da agência oficial de turismo da Zâmbia, "mas de um site de marketing independente".
Na semana passada, o governo de Botswana convocou o embaixador dos EUA para esclarecer se o país realmente teve uma imagem tão depreciativa depois de anos de boas relações.
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